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Posts from — janeiro 2012

De Curitiba, três cervejas da Bodebrown

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Primeira Cervejaria Escola do Brasil, fundada em 2010, a curitibana Bodebrown vem ganhando destaque merecido desde que Samuel Cavalcanti transformou sua cervejaria em uma “casa da cerveja”, tendo ensinado mais de 400 pessoas a produzir cerveja, e comercializando todo o material necessário para a produção de cerveja artesanal. Além de apoiar a cultura cervejeira, a Bodebrown é responsável por três rótulos de altíssima qualidade: a Bodebrown Hop-Weiss, a IPA Perigosa e a premiada Wee Heavy.

A Bodebrown Hop Weiss surpreende aqueles que esperavam uma Weiss tradicional: a mistura de malte de cevada com malte de trigo, junto ao lúpulo de amarillo, faz a cerveja ficar translúcida. As tradicionais notas de banana desaparecem dando lugar a tons cítricos que remetem principalmente a maracujá, e valorizam o malte. No paladar ela surge adocicada e aconchegante, com o maracujá novamente batendo ponto até o final… suave (e quase nenhum amargor). Eis uma cerveja refrescante e saborosa.

Já a versão Imperial IPA da Bodebrown, carinhosamente chamada de Perigosa (ex-Venenosa), não brinca em serviço: é uma cacetada de lúpulo presente já no aroma, intenso, bem balanceado entre o cítrico (limão) e o adocicado (caramelo). A brincadeira não para por ai: no paladar, o lúpulo carregado causa um forte amargor, característico do estilo norte-americano, mas vai se aconchegando entre notas cítricas e carameladas até seu final, complexo e nada alcoólico (apesar dos 9,2% de graduação). Um tesouro.

O rótulo da Wee Heavy, medalha de ouro na 18ª edição do Mondial de la Biére, em Montreal, no Canadá, avisa: “O ponto central desta receita é o malte”. A inspiração é uma velha receita de monges beneditinos de terras escocesas datada de 1719. O aroma segue a indicação do rótulo, com malte em destaque e variações de tostado que abrangem café, caramelo e chocolate. O paladar carrega um dulçor alcoólico que encanta aliado às variações tradicionais do aroma. O final é seco com uma leve lembrança de caramelo. Puro ouro.

Bodebrown Hop Weiss
– Produto: Hop Weiss
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 5%
– Nota: 3,22/5

Bodebrown Perigosa
– Produto: Imperial IPA
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 9,2%
– Nota: 3,82/5

Bodebrown Wee Heavy
– Produto: Strong Scoth Ale
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 8%
– Nota: 3,94/5

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Leia também
– Top 1001 Cervejas, por Marcelo Costa (aqui)

janeiro 31, 2012   1 Comment

Três Filmes: Scherfig, Van Sant, Almódovar

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“Um Dia” (“One Day”, 2011)
Madrugada de 15 de julho de 1989: Emma (Anne Hathaway), uma nerd com tendência a poetisa, óculos fundo de garrafa e insegurança, leva pra casa um “amigo” de faculdade, Dexter (Jim Sturgess), o pegador da turma, misto de playboy e babaca, que dormiu com quase todas as garotas da sala, e nunca prestou atenção nela, mas nada como o alcoolismo às 5 horas da manhã. Corte: 15 de julho de 1990, 1991, 1992, 1993 (…), 2000: com o passar da data (o filme – e o livro homônimo no qual foi inspirado – se passa nesse dia de todos os anos), os personagens invertem os papeis: Emma constrói uma carreira segura enquanto Dexter, que continua babaca e perdido, entra numa espiral de decadência e decepções que confere um pouco de sentimento prum personagem carente de personalidade. Copia descarada de “Harry e Sally” (1989) e “Cidade dos Anjos” (1998), e outros menores, “Um Dia” é previsível, sem alma, melodramático e raso, e defende com soberba que todo mundo merece o amor (mesmo os tolos e babacas). Lone Scherfig, que havia estreado bem com “Italiano para Principiantes” (2000), mas ganhou fama com o moralista “Educação” (2009), fez um filme asséptico, que mais parece a adaptação de um romance da série Julia. Decepção.

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“Inquietos” (“Restless”, 2011)
Garoto que perdeu os pais em um acidente de carro se apaixona por uma paciente terminal de câncer. O resumo em uma linha de “Inquietos” pode afastar alguns possíveis espectadores, mas Gus Van Sant cria uma atmosfera tão delicada em torno de seus dois personagens que as tragédias que os perseguem não conseguem transformar “Inquietos” em um dramalhão choroso. Annabel Cotton (Mia Wasikowska, de “Alice no País das Maravilhas”, 2010) tem apenas três meses de vida, e não pretende passar estes 90 dias desperdiçando momentos. Enoch Brae (Henry Hopper, filho da lenda), que após a morte dos pais e um pequeno período de coma, passou a receber visitas regulares de um fantasma de um soldado kamikase japonês e começou a visitar velórios como se estivesse indo a padaria, primeiramente se assusta com a disposição de Annabel, mas depois se entrega a esta relação improvável. O cineasta Gus Van Sant conduz as cenas de forma lenta sem tornar a história enfadonha, e extrai poesia do relacionamento improvável pintando um quadro delicado, de extrema beleza e sensibilidade, que ao contrário de vilanizar o destino inevitável, opta por valorizar o que existe, mesmo que de forma limitada: a vida.

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“A Pele Que Habito” (“La Piel que Habito”, 2011)
O doutor Robert Ledgard (Antonio Bandeiras) é um notável cirurgião plástico que tem a obsessão de recriar a pele humana em experimentos não aprovados pela comunidade cientifica, desde que sua esposa sofrera graves queimaduras após um acidente de carro. Operando em sua própria casa, e assombrado pelos fantasmas da esposa e da filha, enferma mental que se suicidou, Robert Ledgard inicia um processo absurdo e surreal que consiste em transformar um homem em mulher, primeiro através de uma operação de vaginoplastia e, posteriormente, no experimento de uma nova pele. O argumento surreal de “A Pele Que Habito” saiu do livro “Mygale”, de 1995 (publicado depois sob o título “Tarântula”), do escritor francês Thierry Jonquet, mas poderia facilmente ter saído da mente maluca do diretor, que transforma o livro em um excelente filme de suspense tão repleto de camadas que merece ser visto três, quatro, cinco vezes, se possível. Canastrão como sempre, nem Banderas consegue estragar o ritmo do filme, que ganha em cores fortes enquanto discute estupro, vingança, sexo e personalidade de forma esplendida – alternando doses de tensão com boas passagens de ironia (como a brilhante cena final, tão absurda quanto genial, um momento raro de beleza do cinema atual).

Leia também:
– “Educação”: cheio de lições de moral para a vida (aqui)
– “Italiano para Principiantes”: intimismo e simplicidade de (aqui)

janeiro 30, 2012   No Comments

Aldous Huxley, 1949

Adaptado por Marcelo Costa 

“Crueldade e compaixão vêm com os cromossomos.
Todos os homens são bons e todos são assassinos;
Afeiçoados aos cães, constroem campos de concentração;
Queimam cidades inteiras e acariciam os órfãos;
Clamam contra linchamentos, mas apoiam a pena de morte;
Fazem projetos de filantropia, e agências como o DOI-CODI;

Quem devemos perseguir, quem lamentar?
É tudo questão de modas do momento,
De jardins de infância comunistas e primeiras comunhões;
Só no conhecimento de sua própria essência
Deixam de ser os homens um bando de macacos…”

***

Trecho do livro “O Macaco e a Essência“, de 1949

janeiro 27, 2012   1 Comment

Cinco fotos: São Paulo (edição dupla)

Aniversário da cidade…

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Sem título

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Compra-se ouro

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Copan

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A superlotação

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A leitura

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A superlotação II

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Os casais

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Trilhos

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O observador

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Sem título?

Leia também:
– A solidão do centro de São Paulo no domingo (aqui)
– A história do Edifício Martinelli (aqui)
– Uma tarde no bairro da Liberdade (aqui)
– Meus cinco botecos preferidos em São Paulo (aqui)
– Sessões no heliporto da Folha de S. Paulo (aqui)
– Histórias: cenas da vida em São Paulo, por Marcelo Costa (aqui)

Veja mais imagens de cidades no link “cinco fotos” (aqui)

janeiro 25, 2012   No Comments

Três Filmes: Darin, Damon e Clooney

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“Um Conto Chines” (“Un Cuento Chino”, 2011)
A comédia de costume é um gênero que nunca sai de moda. Talvez por lidar com pessoas comuns que, colocadas em um ambiente diferente, causam uma série de desencontros hilários. Desta forma, “Um Conto Chines” não traz nenhuma novidade. Assim que o espectador senta na cadeira no cinema, já sabe tudo que irá acontecer: Roberto (Ricardo Darín novamente excelente) é um cara de meia idade que toca a loja de ferragens do falecido pai (a mãe morreu no parto). Ele é o mal-humorado típico, sem paciência para pessoas em geral (e babacas em particular), fechado no mundinho metódico que criou para si mesmo. Surge em cena Jun (Ignacio Huang), um chinês que tomou um cano de um taxista argentino e está perdido em Buenos Aires sem falar uma palavra em espanhol. Ele tem no braço o endereço de um tio, e só. O encontro destes dois personagens tão reais quanto particulares permite ao diretor e roteirista Sebastián Borensztein olhar com delicadeza a relação humana, e se segue a risca o manual do estilo (Roberto irá amolecer durante a trama como margarina no sol) incomodando em certas passagens por soar extremamente óbvio, tem a seu favor o esperto manuseio da narrativa: não há legendas para os trechos falados em chinês, o que faz de boa parte público cúmplice de Roberto. Nada de novo, mas ainda assim interessante.

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“Compramos um Zoológico” (“We Bought a Zoo”, 2011)
Seis anos atrás, “Tudo Acontece em Elizabetown” parecia enterrar a carreira cinematográfica de Cameron Crowe. Não que o filme fosse ruim (pelo contrário, há várias belas passagens), mas peca por ser exagerado, como se o diretor quisesse expurgar vários demônios pessoais em um único filme. “Pearl Jam – Twenty”, seu retorno, serviu para mostrar que documentário não é sua praia, mas eis que “Compramos um Zoológico”, baseado em uma história real, recoloca a carreira do diretor nos eixos. Não bate “Jerry Maguire” nem “Quase Famosos”, mas mostra que Crowe não perdeu seus tiques sonhadores, e consegue fazer bom cinema partindo do foco dos derrotados. Em “Compramos um Zoológico”, o derrotado nem é tão derrotado assim: Benjamin Mee (Matt Damon, apenas correto) é um repórter de aventuras que coleciona grandes reportagens, mas está no limbo após a morte da mulher, tendo que dar conta dos dois filhos, a fofíssima Rosie (Maggie Elizabeth Jones) e o desajustado Dylan (Colin Ford). Para afastar as lembranças da esposa (e mãe), a família decide se mudar e acaba comprando um… zoológico. Meio irreal, mas aconteceu (embora seja impossível que a tratadora de animais fosse alguém como Scarlett Johansson) e gerou uma bonita história de redenção, típica de Cameron Crowe. Para ir ao cinema, sonhar, e, depois, visitar o zoológico.

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“Tudo Pelo Poder” (“The Ides of March”, 2011)
Mais alguns anos e George Clooney irá mandar em Hollywood. Grande ator, boa praça e diretor eficiente, Clooney conquista cada vez mais espaço na indústria, seja atuando (como em “Os Descendentes”, que lhe rendeu o Globo de Ouro e pode cavar uma indicação ao Oscar – o qual ele venceu com o ótimo “Syriana”, em 2006) ou dirigindo. Poucos diretores podem se orgulhar de ter no currículo três grandes filmes como Clooney: “Confissões de Uma Mente Perigosa” (2002), “Boa Noite, Boa Sorte” (2005) e, agora, “Tudo Pelo Poder” (há ainda “Jogo Sujo”, de 2008, que saiu direto em DVD no Brasil), filme que investiga os bastidores de uma eleição norte-americana com tanta destreza que é impossível não deixar a sala de cinema revoltado. Os closes em excesso (que chegam a incomodar em alguns momentos) não conseguem atrapalhar um roteiro eficaz que consegue distrair o espectador diante das reviravoltas da trama, e muito menos a boa atuação de um elenco estelar: Ryan Gosling, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Evan Rachel Wood e Marisa Tomei brilham, cada um a seu modo, em um filme que parece validar aquela velha máxima de que todo mundo é corruptível: se não por dinheiro, então por poder (e até por utopia). Os fins justificam os meios? Ás vezes sim, como mostra Clooney neste filmaço.

Leia também:
– “O Segredo dos Seus Olhos” dirá muito sobre você, por Mac (aqui)
– “Elizabethtown”, um recorte de várias idéias, por Mac (aqui)
– “Boa Noite & Boa Sorte” merece ser visto com atenção (aqui)

janeiro 20, 2012   No Comments

Dez links e dois vídeos

– Os 10 Discos da Minha Vida, por Marcelo Costa (aqui)
– Os melhores filmes de 2011, por Quentin Tarantino (aqui)
– Cracolândia, por João Wainer (texto de 01/2010 aqui)
– Rolling Stone Argentina: Dez vídeos estranhos (aqui)
– NYT: A importância da solidão no trabalho (aqui)
– O Globo: Os 30 verões do Circo Voador (aqui)
– O novo site de Nara Leão (com infos e músicas aqui)
– Fotografias panorâmicas da cidade de Veneza (aqui)
– O mercado independente em discussão (aqui)
– Spin fará resenhas de 140 caracteres, LAT sarreia (aqui)

janeiro 16, 2012   No Comments

Três Filmes: um pastelão, um garoto e uma ema

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“Faça-me Feliz” (“Fais-moi Plaisir”, 2009)
Jean-Jacques (Emmanuel Mouret) quer passar um sábado romântico com a namorada Ariane (Frédérique Bel), e precisa enfrentar uma série de contratempos até conseguir colocá-la na cama para consumar o ato. Quando consegue, o telefone toca. É a… outra. Ou quase isso. Jean-Jacques decide contar a história para Ariane: um amigo descobriu uma maneira de conquistar as mulheres com um bilhete infalível, que Jean-Jacques acaba usando (“de modo cientifico”), e o resultado se mostra eficiente. Ariane, após muita discussão (é um filme francês), opta pela saída inesperada: “Você precisa dormir com ela para que possamos seguir a vida e você não fique fantasiando o resto da vida”. Ela, no entanto, é a filha do presidente da França. Segue-se uma trama rocambolesca que em muitas passagens lembra o pastelão “Quem Vai Ficar Com Mary?”, mas não desista do ator/diretor Emmanuel Mouret: “Faça-me Feliz” é uma deliciosamente tola comédia de erros com momentos dispensáveis, mas um charme francês, uma leveza e um clone adolescente de Carla Bruni (a atriz belga Déborah François, no filme com outras cinco irmãs de suspirar) que fazem valer a sessão.

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“O Garoto da Bicicleta” (“Le Gamin au velo”, 2011)
A história é simples: o garoto Cyril (“Thomas Doret”) vive em um orfanato, e passa boa parte da primeira metade da trama tentando encontrar o pai, que ele não acredita que o abandonou. Em uma das fugas, Cyril volta ao apartamento em que morava, agora vazio, e para não ser levado de volta ao orfanato agarra-se às pernas de uma mulher, a cabeleireira Samantha (de “Além da Vida”, de Clint Eastwood), dando início a um laço de amizade que começa de forma caótica, mas vai se ajeitando na vida dos dois personagens de forma natural. Os irmãos diretores (roteiristas e produtores) Jean-Pierre e Luc Dardenne conseguiram o Grand Prinx em Cannes com “O Garoto da Bicicleta” (e duas Palmas de Ouro, uma para “Rosetta”, de 1999, e outra para “A Criança”, de 2005, que também conta com a belga Déborah François, de “Faça-me Feliz”). O roteiro é depurado até o limite deixando para o espectador apenas o essencial. O foco econômico permite aos irmãos desenharem um painel comovente, que apenas narra a história sem julgar e/ou condenar os personagens, sufocando o espectador até seu desfecho (aparentemente) simplista… e lírico.

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“Adeus, Primeiro Amor” (“Un Amour de Jeunesse”, 2011)
A francesa Camile (Lola Créton) tem 15 anos e namora Sullivan (Sebastian Urzendowsky), de 19. As cartas do jogo romântico são arremessadas na mesa logo no início da trama: Camile é apaixonada e dependente de Sullivan enquanto o garoto faz pouco caso da garota, aparece quando lhe convém e está prestes a fazer uma viagem que irá separar o casal por 10 meses. Ele insiste para que ela tenha experiências, descubra a vida, e para que eles se reencontrem após o período de afastamento, mas Camile transforma os últimos encontros do casal em um drama romântico de garotas de 15 anos, repleto de choros, caras emburradas e fatalismo. A diretora francesa Mia Hansen-Love não desperdiça os clichês (de tentativa de suicídio a cortes de cabelo), e desenha um retrato coeso da geração emo, uma geração focada demais no (que eles acham ser) romance, sem profundidade e amor próprio. É um retrato coeso, mas absurdamente chato, de roteiro óbvio e arrastado e péssima caracterização de personagens (Camile e Sullivan não mudam nada fisicamente em sete anos). Ainda com todos esses defeitos, ganhou o prêmio do júri do Festival de Locarno. É o emo invadindo o cinema independente. Já fomos melhores.

janeiro 13, 2012   No Comments

Dez links e dois vídeos

– Os melhores de 2011 da revista Rolling Stone Brasil (aqui)
– Carta aberta a Michel Telo, por Bruno Medina (aqui)
– Sharon Acioly (“Ai Se Eu Te Pego”) responde Bruno Medina (aqui)
– “Ai Se Eu Te Pego” bate recorde no Youtube (aqui)
– The Real Rarities of Mutantes (aqui)
– 20 razões para ficar animado com 2012, por NME (aqui)
– Revista Mojo traz CD de covers do New Order. Ouça (aqui)
– “Os artistas não precisam mais de nós”, afirma crítico (aqui)
– Romance de Leonard Cohen será lançado no Brasil (aqui)
– Download: Raridades do Replacements e do Paul Westerberg (aqui)

janeiro 6, 2012   No Comments

Cinco fotos: Bruxelas

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Duas línguas

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O mijão

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Dylan

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Assustando fantasmas

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Elefantes rosas

Leia também:
– Um fim de semana na Bélgica, por Marcelo Costa (aqui)
– Europa, dia 6 da viagem, 2008, por Marcelo Costa (aqui)

Veja mais imagens de cidades no link “cinco fotos” (aqui)

janeiro 3, 2012   No Comments

Parque das Aves e Puerto Iguazu

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O sol voltou a brilhar no nosso quarto dia em Foz do Iguaçu, de programação relaxada e muito descanso. De manhã, um passeio no Parque das Aves, local criado em 1994 pelo casal alemão Dennis e Anna Croukamp dedicado à conservação dos animais. São 16 hectares de mata nativa de um parque em frente ao Parque Nacional do Iguaçu repleto de pássaros, aves, alguns crocodilos, e algumas cobras.

Para ter uma ideia da visita é possível fazer um passeio virtual aqui, mas o mais interessante do parque é adentrar três das grandes gaiolas e ficar bem mais próximo de tucanos, araras e ararajubas, uma mais encantadora que a outra. O passeio é rápido (em duas horas é possível fazê-lo), mas interessante. E, no final, o visitante pode ainda posar para fotos com algumas araras (várias delas estão soltas no parque) e cobras no ombro.

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Para a parte da tarde o plano era ir para Puerto Iguazu, almoçar e procurar a versão weisse da Patagonia. “É a cerveja mais cara”, disse a vendedora de um dos botequins da feirinha da cidade argentina. “R$ 11”, a garrafa de 740 ml, “mas se você quiser levar a caixa com seis sai por R$ 59”. No balcão, a Patagonia compete com a Quilmes (preferencia nacional que também é vendida em uma versão Stout – quase uma Malzbier – e uma Red), a Brahma, a Budweiser e a Iguana.

O almoço foi novamente no Acva, que já se tornou o nosso restaurante preferido em Puerto Iguazu. Sem entradas desta vez (não só por economia, mas principalmente porque os pratos são muito bem servidos), Lili foi de Fettucine Fresco com Lagostinos, Salsa Crema de Tomates Secos y Zuchinnis Grillados e eu de Bife de Chourizo Acva, com Croute de Pancetta y Estragon acompañado con Risoto de Cebollas. Novamente aprovados.

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Voltamos no final da tarde para o hotel e desmaiamos. Até cogitamos estender a noite em algum lugar, mas optamos por descansar para o último dia, de programação ainda indefinida. O voo parte para São Paulo no começo da noite e podemos esticar até as Cataratas Argentinas, mas seria um passeio mais curto do que amigos dizem que ela merece. Talvez visitemos o Templo Budista. Tudo depende do nosso pique… e do calor. Ele realmente intimida.

No fim das contas, essa viagem rápida a Foz do Iguaçu, comprada e planejada no susto, foi realmente especial. As Cataratas são um passeio inesquecível (que pode ser ainda mais interessantes com o acréscimo do Macuco Safari, das trilhas de bike e do arvorismo – e da “descoberta” do lado argentino) e Puerto Iguazu é uma cidadezinha encantadora. Agora é hora de arrumar as malas. Logo mais, São Paulo.

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Fotos por Marcelo Costa: http://www.flickr.com/photos/maccosta/

janeiro 1, 2012   No Comments