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Três comédias abaixo da média

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 “Quero Matar Meu Chefe” (Horrible Bosses, 2011)
Nove entre cada dez funcionários sonham em estrangular seu chefe (é só escolher uma universidade norte-americana qualquer que ela referenda fácil essa pesquisa). Com esse mote, que nem é novidade no cinema, o diretor Seth Gordon conseguiu (em seu segundo filme – o primeiro foi o esquecível “Surpresas do Amor”, de 2008, com Reese Witherspoon e Vince Vaughn) um elenco badalado – Jennifer Aniston, Colin Farrell, Jamie Foxx, Donald Sutherland, Kevin Spacey e Jason Sudeikis – para estrelar uma comédia que parece a todo o momento que vai engatar, mas fica no quase. O núcleo narrativo é formado a partir da junção de três histórias de mesmo teor emocional: três amigos são infernizados por seus chefes (uma ninfomaníaca, um drogado e um psicopata), e chegam à conclusão que a única solução possível seria eliminá-los. O roteiro desperdiça alguns clichês em cena, mas só a história de Jennifer Aniston (uma dentista ninfomaníaca tarada por seu auxiliar – que é apaixonado e fiel à namorada) e a excelente ponta de Jamie Foxx demonstram vitalidade na tela. Vale como passatempo.

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“Amor a Toda Prova” (Crazy, Stupid, Love, 2011)
Assim como Seth Gordon (de “Quero Matar Meu Chefe”), a dupla Glen Ficarra e John Requa também é novata na função de direção tendo apenas “O Golpista do Ano” (de 2008 com Jim Carrey, Ewan McGregor e Rodrigo Santoro) precedendo este “Amor a Toda Prova”. Porém, o resultado final, se não é um grande acerto, ao menos aponta algumas qualidades. O foco do roteiro de Dan Fogelman (dos dois “Carros”, da Pixar Disney) é Cal Weaver (Steve Carell), um quarentão que leva um pé na bunda da esposa, que o traiu com um almofadinha da empresa em que ela trabalha. Ele deixa a casa e cai na noite escudado pelo galã Jacob Palmer (Ryan Gosling), que o ensina passo-a-passo como levar uma mulher pra cama. O ex-virgem de 40 anos se dá bem com a mulherada, mas não consegue esquecer a mulher. De mensagem tradicionalista, “Amor a Toda Prova” não acredita no seguir em frente, e decepciona. No entanto, a história paralela (de Emma Stone) garante boas surpresas e revela (não intencionalmente) o moralismo do personagem principal. No final, o saldo é ok, mas poderia ser bem melhor.

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“Missão Madrinha de Casamento” (Bridesmaid, 2011)
O sucesso de “Hangover” (2009) não só rendeu uma continuação caricata (mas ainda assim engraçada) como também esta versão feminina, que fez um barulho enorme nos Estados Unidos tornando-se a sétima comédia romântica mais lucrativa de todos os tempos. No entanto, não espere facilidades nem grandes risadas (ao menos na primeira meia hora). As roteiristas Kristen Wiig e Annie Mumolo preferiram focar a história na vidinha de merda de Annie (Kristen Wiig), que viu seu futuro ir pro buraco após a falência de sua loja de bolos e o conseqüente pé na bunda do namorado. Os clichês superlotam a trama, e a dupla de roteiristas mostra que a mulherada também é capaz de “apreciar” o mau-gosto (após almoçar em um restaurante brasileiro baratinho em Chicago, as madrinhas de casamento tem uma dor de barriga que culmina na noiva… ok, veja no cinema), e ainda assim ter bom coração. Só incomoda (um pouco) a semelhança excessiva de alguns personagens com os de “Hangover” (tirando as citações explicitas). Mas se for para rir e esquecer, até que vale perder 2 horas.

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