Random header image... Refresh for more!

Posts from — outubro 2011

Top 5 – Conexão Vivo Belém 2011

felipe_blo.jpg
Felipe Cordeiro / Foto: Thaiana Laiun

Bruno Dias (Urbanaque)
1 – Felipe Cordeiro
2 – Gaby Amarantos
3 – Dona Onete
4 – Fernanda Takai
5 – Juliana Sinimbú e Pinduca

Kamille Viola (jornal O Dia)
1 – Felipe Cordeiro
2 – Gaby Amarantos
3 – Dona Onete
4 – Sebastião Tapajós e Sérgio Ábalos
5 – Juliana Sinimbú e Pinduca / Metaleiras da Amazônia

Stefanie Gaspar (+Soma)
1 – Gaby Amarantos
2 – Lucas Santtana
3 – Metaleiras da Amazonia
4 – Juliana Sinimbu convida Pinduca
5 – Marco André convida Pepeu Gomes

Tathianna Nunes (Coquetel Molotov)
1 – Gaby Amarantos
2 – Felipe Cordeiro
3 – Juliana Sinimbú convida Pinduca
4 – Fernanda Takai
5 – Dona Onete

Tiago Agostini (Scream & Yell)
1 – Felipe Cordeiro
2 – Gaby Amarantos
3 – Vendo 147
4 – Lucas Santtana
5 – Juliana Sinimbú convida Pinduca

gaby.jpg
Gaby Amarantos / Foto: Mowapress

Leia também:
– Tudo sobre o Conexão Vivo Belém 2011, por Tiago Agostini (aqui)
– Tudo sobre o Conexão Vivo Salvador 2011, por Marcelo Costa (aqui)
– Top 5: jornalistas elegem os melhores do Conexão Vivo Salvador (aqui)

outubro 31, 2011   No Comments

EUA: duas cervejas da Brooklyn (parte 3)

brooklyn.jpg

Para comemorar datas especiais, muitas cervejarias criaram rótulos únicos para atender ao consumo do público em determinado período do ano. Como exemplo, duas “october’s seasonals” (como avisa o marketing aqui) da Brooklyn chegam ao Brasil para ampliar a paixão por esta cervejaria altamente personal de Nova York: a Brooklyn Oktoberfest (com rótulo diferente do ano passado) e a Post Road Pumpkin Ale (outras duas sazonais – Black Chocolate Stout e Monster Ale – já foram lançadas aqui restando apenas as versões Summer e Winter Ale, ainda inéditas no Brasil).

A bela versão Oktoberfest da cervejaria novaiorquina paga tributo à Bavária usando dois tipos de lúpulos (um floral, outro amargo) e maltes alemães – de Munique e Bamberg. O resultado é uma Marzen Beer de cor alaranjada escura e forte presença de malte – mas nem tanto. No aroma, o malte ganha fácil deixando algo de caramelo e um leve cheiro de tempero. No paladar, o caramelo volta a entregar a boa presença de malte, mas o lúpulo marca o final com um leve e gostoso amargor. No entanto, falta ao conjunto algo – talvez adocicado ou de tempero – que marca as cervejas Brooklyn.

Já a Post Road Pumpkin Ale é, como o nome e o rótulo entregam, uma cerveja com abóbora. E não é pouca: centenas de quilos de abóbora são triturados e misturados durante o cozimento do malte – que busca extrair os açúcares necessários à fermentação da cerveja. Ou seja, doce a Pumpkin Ale não é. Os maltes são norte-americanos, belgas (aromáticos) e ingleses. O lúpulo, também nacional (ou seja, Garrincha, norte-americano). Há, ainda, o acréscimo de especiarias tornando a Pumpkin Ale uma cerveja bastante particular.

O aroma, assim que a garrafa é aberta, é puro abóbora. Sabe o doce que a vovó fazia? Aquilo. Há, ainda, a presença de malte e algo que remete a nóz moscada. O paladar, numa confusão de sabores, é um duelo entre o malte e a abóbora, e quem sai vencedor é o conjunto, que honra a marca Brooklyn. A nóz moscada retorna acompanhada de cravo (bem distinguível) e canela (será a lembrança da infância?) e mesmo o amargor do lúpulo é bastante suave frente a um leve sabor picante que toca o céu da boca deixando no final um rastro de cravo e abóbora. Sensacional.

A versão Oktoberfest surgiu da tradição alemã. Quando Ludwig, herdeiro da coroa da Bavária, quis celebrar seu noivado em 1810, fez um festival de cervejas, e tanto o festival quanto as cervejas ficaram conhecidos como Oktoberfest. Já a Post Road Pumpkin Ale remete aos primeiros colonizadores que chegaram ao Novo Mundo, e frente a fartura de abóbora, decidiram introduzir o novo ingrediente na fórmula da cerveja que traziam da Europa. Nascia assim uma cerveja extremamente particular, que a Brooklyn homenageia.

A Post Road Pumpkin Ale é produzida de agosto a novembro enquanto a Oktoberfest, honrando o nome, é fabricada apenas durante o mês de outubro. Os dois rótulos, lançados no Brasil no festival Wikibier, em Curitiba (22/10), e ainda podem ser encontradas em bons empórios e distribuidores ao preço de R$ 14,50 a garrafa de 330 ml (mais cara que as Brooklyn tradicionais, entre R$ 7 e R$ 10, e mais em conta que as versões Black Chocolate Stout e Monster Ale, em torno de R$ 21). São cervejas curiosas para momentos especiais. Agora só falta chegar ao Brasil a excelente Brooklyn Pennant Ale, uma delícia.

Brooklyn Oktoberfest
– Produto: Marzen
– Nacionalidade: Estados Unidos
– Graduação alcoólica: 5,5%
– Nota: 3,07/5

Brooklyn Post Road Pumpkin Ale
– Produto: Pumpkin Ale
– Nacionalidade: Estados Unidos
– Graduação alcoólica: 5,5%
– Nota: 3,29/5

Leia também
– Cinco pubs de cervejarias nos EUA, por Mac (aqui)
– Brooklyn Monster Ale e Black Chocolat Stout (aqui)
– Brooklyn Lager, Brown Ale e India Pale Ale (aqui)
– Top 100 Cervejas, por Marcelo Costa (aqui)

outubro 30, 2011   No Comments

Os primeiros discos de João Gilberto

omito.jpg

Em 1993, a gravadora EMI decidiu juntar os três primeiros álbuns de João Gilberto em um único CD (acrescidos do EP “Orfeu da Conceição”) e lançou esse disco acima, “O Mito”, cortando o final de algumas canções e bagunçando o tracking list original. Resultado: João, revoltado, processou a gravadora (a qual havia deixado em 1963 e rompido definitivamente em 1988), e desde então os discos “Chega de Saudade” (1959), “O Amor, O Sorriso e A Flor” (1960) e “João Gilberto” (1961) estão fora de catálogo no mundo inteiro.

Na verdade, mais ou menos. Em 2010, a gravadora britânica Cherry Red Records relançou os dois primeiros álbuns sem consultar o músico – ou seja, sem pagar direitos autorais. O catálogo da Cherry (facilmente encontrado na Amazon) ainda apresenta outros títulos brasileiros: “Nara 67”, Nara Leão; “Build Up”, Rita Lee; “Os Afrosambas”, Vinicius Moraes e Baden Powell; “The Voice of Love”, Sylvia Telles; “A Banda Tropicalista”, Rogério Duprat; “The Voice of Brazil”, Elis Regina; “The World Of”, Walter Wanderley, entre outros.

Além das canções originais, as reedições de “Chega de Saudade” (1959), “O Amor, O Sorriso e A Flor” (1960) são preenchidas com dezenas de faixas bonus. Ao tracking list original do primeiro disco são acrescentadas as três faixas do EP “Orfeu da Conceição” mais onze versões de canções do álbum na voz de Elizete Cardoso, Os Cariocas, Norman Bengell, Alaide Costa, Bene Nunes, Bola Sete e João Donato. Já “O Amor, O Sorriso e A Flor” pula das 12 faixas originais para 35 na reedição que destaca versões de Sylvia Telles, Agostinho dos Santos e Carlos Lyra, entre outros.

Veja abaixo o tracking list de cada álbum:

joao1.jpg

01. Chega De Saudade (No More Blues)
02. Lobo Bobo (Foolish Wolf)
03. Brigas Nunca Mais (Fights, Never More)
04. Hô-bá-lá-lá
05. Saudade Fez Um Samba (Saudade Made A Samba)
06. Maria Ninguém (Maria Nobody)
07. Desafinado (Off-Key)
08. Rosa Morena (Brunette Rose)
09. Morena Boca De Ouro (Brunette With A Mouth Of Gold)
10. Bim Bom
11. Aos Pés Da Cruz (At The Foot Of The Cross)
12. É Luxo Só (It’s Just A Luxury)

13. A Felicidade [Bonus – From Orfeo Do Carnaval]
14. Manhã De Carnaval [Bonus – From Orfeo Do Carnaval]
15. O Nosso Amor [Bonus – From Orfeo Do Carnaval]
16. Chega De Saudade [By Elizete Cardoso]
17. Chega De Saudade [By Os Cariocas]
18. Lobo Bobo [By Alaide Costa]
19. Lobo Bobo [By Walter Wanderley]
20. Hô-bá-lá-lá [By Walter Wanderley]
21. Hô-bá-lá-lá [By Norma Bengell)
22. Hô-bá-lá-lá [By Bene Nunes]
23. Maria Ninguém [By Bola Sete]
24. Minha Saudade [By Bola Sete]
25. Minha Saudade [By Alaide Costa]
26. Minha Saudade [By João Donato]

 joao21.jpg

1. Samba de Uma Nota Só [One-Note Samba]
2. Doralice
3. Só Em Teus Braços [Only in Your Arms]
4. Trevo de Quatro Folhas [I’m Looking Over a Four-Leaf Clover]
5. Se e Tarde Me Perdoa [Forgive Me If It’s Too Late]
6. Um Abraço No Bonfá [A Hug for Bonfá]
7. Meditação [Meditation]
8. O Pato [The Duck]
9. Corcovado
10. Discussão [Discusssion]
11. Amor Certinho [Certain Love]
12. Outra Vez [One More Time]

13. Outra Vez [By Sergio Mendes]
14. Ho-Ba-La-La [By Sergio Mendes]
15. Corcovado [By Sylvia Telles]
16. Ho-Ba-La-La [By Sylvia Telles]
17. Samba de Uma Nota Só [One-Note Samba] [By Sylvia Telles]
18. O Pato [By Walter Wanderley]
19. Corcovado [By Isaura Garcia and Walter Wanderley]
20. Aos Pes da Cruz [By Walter Wanderley]
21. Samba de Uma Nota Só [By Agostinho dos Santos]
22. Desafinado [By Agostinho dos Santos]
23. Chega de Saudade [By Agostinho dos Santos]
24. Manhã de Carnaval [By Agostinho dos Santos]
25. A Felicidade [By Agostinho dos Santos]
26. A Felicidade [By Orquestra Rio de Janeiro]
27. Discussão [By Alaide Costa]
28. A Felicidade [By Alaide Costa]
29. Bim Bom [By Silvio Silveira]
30. É Luxo Só [By Silvio Silveira]
31. Maria Ninguém [By Carlos Lyra]
32. Maria Ninguém [By Heraldo do Monte]
33. Brigas Nunca Mais [By Orquestra Pan American With Os Cariocas]
34. Chega de Saudade [By Orquestra Pan American With Os Cariocas]
35. Meditação [Luiz Eça & Astor Silva]

outubro 26, 2011   No Comments

Sempre as mesmas perguntas

som.jpg

Fernando Neumayer, responsável pelo blog Som Imaginário, me convidou para participar de uma seção do blog que prevê sempre as mesmas perguntas para todos os entrevistados. Consegui conter a curiosidade e não conferir as respostas dos amigos Sérgio Martins, Regis Tadeu, Arthur Dapieve, Ricardo Seelig, entre outros, que já participaram da seção, e fiquei bastante satisfeito com o resultado, que… atualizando em 2022, com o Som Imaginário fora do ar, coloco na integra aqui embaixo:

Marcelo Costa, o Mac, é o editor e a pessoa por trás do Scream & Yell, lugar para quem quer conteúdo de alto nível. Hoje é ele quem pinta aqui no Sempre As Mesmas falando de Purple, Miles, Neil Young, Radiohead, cena brasileira atual e mais. Aliás, a seção tem crescido bem e com gente bacana, o que deixa a casa brindando no ar. A ideia é a mesma de sempre: trazer as referências para uma coisa meio bate-papo, meio conversa de bar, com cutucadas, mitos discutíveis e indiscutíveis, quem é quem na música hoje etc. Para ilustrar escolhi dois disquinhos que aparecem bem cotados pelo Marcelo: Wilco e Clash. Dá pra ver as outras edições ali na tag entrevista, no canto direito.

Bora lá.

Deep Purple do Gillan ou da dupla Coverdale/Hughes?
Do Gillan, sem pestanejar. Por “Child in Time”, “Highway Star”, “Hard Lovin’ Man” e, mamma mia, “Smoke on the Water”. Por “Perfect Strangers” também, mas isso é outra coisa. Coverdale será eternamente um sub-Robert Plant pra mim.

Neil Young: do rock ou do folk?
Os dois. A essência do Neil Young está na genialidade com que ele consegue lidar com os dois extremos e ainda soar… Neil Young. Como que alguém pode escolher entre “Needle And The Damage Done” e “Powderfinger”?

Miles Davis vale em todas as fases?
Todas. Amar a música de Miles é respeitar a sua inquietação, entender que a música para ele estava em eterna transformação, uma busca que gerou uma das discografias mais importantes da história.

Nina Simone, Ella Fitzgerald, Billie Holiday ou Sarah Vaughan?
Difícil, hein. Muito difícil. Tendo a ficar com a Nina, mas a Ella…

Quais são os três discos de rock obrigatórios?
“London Calling”, do Clash, pra pessoa perceber que o rock não é burro; “Doolittle”, do Pixies, que mostra como o rock pode soar pop, mas também perigoso; “White Album”, dos Beatles, porque algum disco dos Beatles precisa constar de qualquer lista de obrigatórios. O álbum branco tem o dom de ir na contramão do “Sargeant Peppers” (o que começa já pela capa), e ainda assim soar absurdamente foda (exagerado, mas foda). É um daqueles discos em que a vida é tátil (talvez porque as vidas por trás dele estivessem em conflito).

Beatles e Stones. O que um tem que o outro não?
Beatles foi praticamente impecável enquanto os Stones cometeram vários deslizes. Por outro lado, os Beatles aguentaram o peso nas costas por uma década, e os Stones viveram cinco. Beatles é mais limpo, Stones é mais sujo. Beatles é amor, Stones é sexo. Essas bobagens. Não consigo escolher entre os dois. Os Beatles são mais importantes, mas o manual do rockstar foi escrito pelos Stones.

Peter Gabriel ficou pelo Genesis ou soube voar também solo?
Comecei ouvindo punk rock na primeira metade dos anos 80, então Genesis era algo meio que proibido no círculo (ainda mais que, naquela época, eles viviam a fase Phil Collins), mas nos anos 90 fui atrás de algumas coisas antigas e, putz, tive que comprar o “The Lamb Lies Down on Broadway” em vinil (e tenho até hoje). No entanto, nunca fui atrás da carreira solo do Peter Gabriel. Quem sabe o show no SWU não seja um acerto de contas…

O que tem essa cena indie lá de fora? É pra tanto barulho? Quem se salva hoje?
Hoje em dia essa coisa de independente anda meio deturpada. Antigamente, o lance todo girava ao redor da liberdade de criação. O cara era independente porque nenhuma gravadora queria lançar o disco dele, então ele fazia do jeito dele e lançava. O capitalismo, altamente adaptável, aproveitou a chance de também vender a liberdade. E os indies chegaram às grandes gravadoras, ao mainstream, ainda que no momento em que as gravadoras levavam uma rasteira do p2p. O que sobra hoje, como em qualquer cenário, é um balaio com gente genial (Arcade Fire, Franz Ferdinand, Decemberists) e um monte de diluidores. Mas sempre foi assim.

Radiohead é isso tudo?
E mais um pouco. No momento em que a internet estava matando o álbum como formato, os caras revalorizaram o conceito com um monte de bugigangas atreladas. Porque não amamos a música apenas pelo que ela é, mas também pelo que ela representa. O Radiohead é uma das últimas bandas a entenderem isso. E isso os distingue do resto.

Quem está fazendo coisa boa e nova no Brasil?
Muita gente. A música brasileira atual é a melhor do mundo. Se Simon Reynolds vivesse aqui ele nunca teria escrito “Retromania”. Mas como não achar o cenário uma merda se o disco mais esperado do seu país no ano é o novo do Coldplay? Aqui temos uma safra genial que aprendeu – via Los Hermanos – que o samba pode ser torto e nos representa. Nós temos ginga, coração e sentimentos. É isso que Romulo Fróes, Wado, Bruno Morais, Junio Barreto, Cidadão Instigado e outros estão mostrando. A melhor música do mundo está aqui, mas o próprio Brasil ainda não a descobriu.

Qual foi o álbum dos anos 2000?
Em conceito, “In Rainbows”, do Radiohead, pois mostrou que não basta ser música. Em efeito, “Is This It”, do Strokes, que influenciou um bocado de gente; em perfeição, “Yankee Hotel Foxtrot”, do Wilco, momento em que o popular encontra a arte. Porém, olhando de onde viemos e para onde vamos, é bem provável que o disco mais importante seja “Funeral”, do Arcade Fire, uma banda que entendeu a intensidade das emoções no novo século.

Qual o lançamento de 2011 até agora?
“Let England Shake”, PJ Harvey. Em um mundo de prêmios merecidos, ela ganharia o de álbum do ano, e ainda bem que a Inglaterra tem o Mercury Prize. Se fosse aqui ela seria engolida por qualquer modismo.

Estou em Dylan & The Band, The Basement Tapes, e você? O que você está ouvindo?
Dois discos novos: “The Whole Love”, do Wilco e “Samba 808”, do Wado. E acho que ainda vou ficar um bom tempo os ouvindo. “All Things Must Pass”, do George, caiu no colo fazendo estrago também. E alguma hora da semana eu coloco “The King is Dead” do Decemberists para acalmar a alma.

outubro 22, 2011   No Comments

Cinco fotos: Dublin

Clique na imagem se quiser vê-la maior

dublin2.jpg
Guinness

dublin1.jpg
Harpa

dublin4.jpg
Untitled

dublin3.jpg
Bola de Sabão

dublin5.jpg
Yeld

Leia também:
– Roteiros de uísque na GQ #6, por Marcelo Costa (aqui)
– Uma noite inesquecível na Irlanda, por Marcelo Costa (aqui)

Veja mais imagens de cidades no link “cinco fotos” (aqui)

outubro 20, 2011   No Comments

Uma pequena grande cerveja: Duvel

duvel.jpg

A Duvel Moortgat Brewery é uma cervejaria que foi fundada na região flamenga da Bélgica em 1871, mais propriamente em Breendonk, meio do caminho entre a central Bruxelas e a portuária Antuérpia. O carro chefe da casa é a loira Duvel, uma cerveja absolutamente encantadora cujo nome tem origem no dialeto Brabant (pronuncia Dyvel), uma mistura de holandês, francês e alemão, cujo significado é… Diabo. Não pense em brincar com ela.

Lançada na década de 20 para comemorar o fim da Primeira Guerra Mundial, a Duvel no início se chamava Victory Ale, mas a família Moortgat decidiu mudar o nome quando um bebedor a descreveu como um diabo real. A garrafa, baixinha e gordinha, lhe dá um aspecto fofo, mas é bom levar muito à sério essa que é considerada por muitos a versão definitiva do estilo Belgian Strong Golden Ale, versão turbinada e altamente saborosa das ales tradicionais.

O aroma complexo e viciante destaca uvas verdes, maçã e frutas cítricas, e também algo picante que se aproxima de cravo e pimenta do reino (mas mantendo o adocicado). Há, ainda, mel (provavelmente derivado da mistura do malte belga com açúcar branco) e, claro, álcool, afinal são 8,5% de graduação alcoólica distribuídos de forma exemplar no conjunto (que ainda recebe lúpulo da Bohemia com leveduras de origem escocesa).

Já o paladar não fica atrás em complexidade. Lúpulo e malte travam um duelo interessante que consegue aconchegar o paladar distanciando a presença do álcool – que não aparece, mas está ali, inserido de forma tão caprichada que você só sentirá o efeito após duas ou três garrafinhas. Ainda assim, o malte consegue se sobressair marcando o céu da boca e deixando apenas o trecho final – e seco – para o lúpulo, que não chega a marcar de amargor o conjunto. Simplesmente fantástica.

Exportada para mais de 40 países, a Duvel é facilmente encontrada no Brasil em qualquer bom empório, embora o preço não seja nada convidativo: entre R$ 18 e R$ 24 a garrafa de 330 ml (na Europa custa até 4 euros, cerca de R$ 10). Vale cada centavo. Além da Duvel, a Moortgat Brewery é dona da Maredsous (fabricada sob licença dos monges da abadia de mesmo nome desde 1963) e, desde de 2006, da excelente Brasserie d’Achouffe.

Duvel
– Produto: Belgian Strong Golden Ale
– Nacionalidade: Bélgica
– Graduação alcoólica: 8,5%
– Nota: 4,35/5

Leia também:
– Top 500 Cervejas, por Marcelo Costa (leia aqui)
– Do capítulo “cerveja também é cultura”: La Achouffe (aqui)

Ps. O copo tradicional é presente do amigo Carlos Soares, ganho em uma feira de cervejas, a Gentse Feesten 2009, em Gent. Valeu, amigo!

outubro 19, 2011   No Comments

Dez links que valem o seu clique

suede.jpg
Foto: Marcelo Costa

– Álvaro Pereira Júnior: Quando a chapa esquenta… (aqui)
– Tiago Agostini: Novos adultos, pessoas velhas? (aqui)
– Jon Savage: Morrissey e os Smiths mudaram nossas vidas (aqui)
– Carlos Calado: Ron Carter e a elegância de um contrabaixista (aqui)
– Marcos Bragatto: Arctic Monkeys no Lollapalooza Brasil 2012 (aqui)
– Rolling Stone Espanha: O britpop em 25 discos (aqui)
– Independent: My Secret Life, Brett Anderson, Suede (aqui)
– Juliana Zambelo: “Ouvimos muito ‘Acabou Chorare'”, diz Josh Rouse (aqui)
– Popload: Cine Jóia, a “Sgt. Peppers” das casas de shows do Brasil (aqui)
– El Pais: Quem manda no Brasil? A SuperPresidenta Dilma (aqui)

outubro 16, 2011   No Comments

Os sete brotos da orquídea

orquidea.jpg

 Não lembro quando eu e Lili ganhamos essa orquídea, mas ela nos acompanha já faz um bom tempo. Quando chegou, num vasinho, estava esplendorosa, com as flores belíssimas – como mando o figurino da floricultura. Achávamos que, após as flores murcharem, ela não teria mais frutos, mas ano a ano ela vem nos surpreendendo.

Ano passado, porém, houve uma pequena tragédia familiar. Estávamos fazendo a mudança para o apartamento novo, mais ou menos nessa mesma época, e ela estava novamente com vários brotos prontos para abrirem em flores. Eu tinha na cabeça que iria levá-la em meu colo, no carro de um amigo, para protegê-la, mas em meio a correria, o pessoal da mudança a trouxe, e quebrou o caule.

Ou seja, em 2010, nossa orquídea não deu flores. Ficamos chateados (tenho uma relação meio paternal com as plantas em casa), e até achamos que ela não daria mais frutos, mas eis que, de três meses para cá, os brotos começaram a aparecer totalizando sete ao final. Um deles não vingou, mas hoje três abriram alegrando o apartamento em meio ao domingo cinza que brinda São Paulo. Das coisas simples da vida…

outubro 16, 2011   No Comments

Compacto Petrobras Ano 2

compacto.jpg

No meio da semana fui acompanhar a gravação do primeiro encontro da segunda temporada do Compacto Petrobras, projeto bacana que em 13 encontros reuniu muita gente boa da nova geração da música brasileira, nomes como Erika Machado, Fernando Catatau, Siba, Gabi Amarantos, Karina Buhr, Curumin e Superguidis, entre muitos outros.

O primeiro encontro, que irá ao ar até o fim do mês no canal Compacto (aqui), foi de Juliana R com Edgard Scandurra. Para um cara como eu, que ouviu muito Ira! na adolescência, o timbre da guitarra de Edgard Scandurra soando dentro de um estúdio foi algo bastante especial. E Juliana distribuiu charme (aproveite e leia a entrevista que fizemos com ela no começo do ano, aqui).

Mais do que assistir aos programas, fui convidado pelo pessoal da Colmeia, que produz o Compacto junto ao pessoal da Petrobras, para gravar um vídeo elencando cinco artistas que eu gostaria muito de ver no ano 2 do projeto. A escolha foi difícil (a pré-lista tinha 17 nomes!), mas minha listinha final ficou com Wado, Romulo Fróes, Lê Almeida, Los Porongas e Apanhador Só.

Tentei me concentrar em cinco nomes cujo trabalho tenho admirado, não apenas musicalmente, mas também como cada um desses artistas trabalha sua carreira. Wado, Romulo Fróes, Lê Almeida, Los Porongas e Apanhador Só lançaram grandes discos, e estão ai, no corre deste pouco amigável cenário musical nacional, mostrando suas canções e dando a cara a tapa. Acredito no trabalho deles.

Eu sou apenas um dos 11 nomes que irão indicar seus cinco artistas. Do pacotão com todas as listas sairá um grupo de artistas que irá para a fase 2 do projeto, em que a produção fará uma proposta de encontros e o público votará nos que mais deseja ver. Os mais votados serão produzidos, conforme disponibilidade de agenda das bandas. Ou seja, muita coisa boa vem por ai. Enquanto isso, assista (e baixe em MP3) aos programas no link abaixo.

http://www.blogspetrobras.com.br/compacto/

mac_colemia.jpg
Fotomontagem: Marcio Black

outubro 15, 2011   No Comments

Cinco fotos: Bruges

Clique na imagem se quiser vê-la maior

bruges2.jpg
Medieval

bruges7.jpg
Esquina

bruges3.jpg
Zonnekemeers

bruges4.jpg
Minnie Water

bruges1.jpg
Estacionamento

Leia também:
– Correndo e pedalando daqui pra lá (aqui)
– Uma festa do interior… na Belgica (aqui)

Veja mais imagens de cidades no link “cinco fotos” (aqui)

outubro 5, 2011   No Comments