Posts from — agosto 2011
Mini documentário sobre Walter Franco
agosto 31, 2011 No Comments
De Belém, Amazon River e Bacuri Beer
Criada em 2000, na Estação das Docas, em Belém, a Amazon Beer é a única cervejaria 100% artesanal do Pará e aproveitou sua localização para investir em um rótulo bastante exótico, a Forest Bacuri, cerveja levíssima que leva na formulação um dos frutos mais populares da região amazônica. Além da Forest Bacuri, a Amazon Beer produz outros cinco rótulos mais tradicionais (mantendo a leveza como padrão).
A Forest Bacuri (3,8% de graduação – a versão em chopp, vendida na Estação das Docas, tem apenas 1,8%) já mostra sua personalidade no aroma, com o fruto amazônico se destacando entre o ácido e o adocicado – e remetendo a algo próximo a lichia. O paladar é bastante especial mantendo certa acidez que duela com o forte dulçor, que conquista num primeiro momento, mas pode enjoar numa segunda ingestão seguida. Ainda assim, uma cerveja muito boa, belo representante nacional das Fruit Beers.
Entre as outras produções da casa (em chopp) estão a Amazon Red (Vienna Lager de 5,8%), a Amazon Weiss (4,5%), a Amazon Black (uma Munich Dunkel de 5,5%), a Amazon Forest (uma american lager de 3,5%) e a River Lager (4,8%), que também começa a circular em garrafa (assim como a Bacuri e a Forest), e é uma Premium tipo exportação, encorpada e bem característica com forte presença de malte no aroma e no paladar, marcado ainda pelo amargor do lúpulo. Uma boa surpresa.
Os chopps, vendidos na Estação das Docas, em Belém (na beira do rio Guajará), que podem ser acompanhados de um vasto cardápio de tapas (confira o site oficial aqui), saem entre R$ 4 e R$ 6. Já as versões em garrafa (Bacuri, Forest e River) saem entre R$ 9 e R$ 15.
Teste de Qualidade: Bacuri Beer
– Produto: Fruit Beer
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 3,8%
– Nota: 3,11/5
Teste de Qualidade: River Lager
– Produto: Premium Lager
– Nacionalidade: Brasil
– Graduação alcoólica: 4,8%
– Nota: 2,95/5
Leia também:
– Que tal uma cerveja de banana? E de manga? (leia aqui)
– Wells Banana Bread: uma cerveja que merece ser provada (aqui)
– Kriek Boon: Pode rolar romance, por Marcelo Costa (aqui)
agosto 31, 2011 No Comments
Debate: Rock Brasileiro, que barulho é esse?
1986. O pessoal da revista Bizz decidiu colocar em uma mesma sala algumas cabeças pensantes do rock nacional para tentar entender mercado, influência, mídia e outras picuinhas. O debate reuniu Renato Russo (Legião), Herbert Vianna (Paralamas), Felipe Lemos (Capital), Gutje (Plebe), Paulo Ricardo (RPM), Charles Gavin (Titãs), Carlos Maltz (Engenheiros), João Gordo (Ratos), Skowa, Nasi (Ira!), Sandra Coutinho (Mercenarias), Thomas Pappon (Fellini) e Alex Antunes (Akira S).
O debate tomou oito páginas do miolo da revista Bizz de fevereiro de 1988 (e que tinha duas capas: uma com Marina Lima, para as bancas, e outra com Jesus and Mary Chain, para os assinantes) e Paulo Marchetti, autor do livro “A História do Rock de Brasília”, republicou todo o extenso material em seu blog, o Sete Doses de Cachaça, dividido em seis posts. Abaixo, os links diretos para cada um deles. Vale muito ler.
Debate Rock Nacional, Parte 1 (aqui)
Debate Rock Nacional, Parte 2 (aqui)
Debate Rock Nacional, Parte 3 (aqui)
Debate Rock Nacional, Parte 4 (aqui)
Debate Rock Nacional, Parte 5 (aqui)
Debate Rock Nacional, Parte 6 (aqui)
agosto 30, 2011 No Comments
Jesus and Mary Chain revisitado
Eu já tinha escrito sobre a reedição da coleção do Jesus and Mary Chain em edições triplas na Inglaterra (leia e veja o tracking list de cada edição aqui), mas agora você já pode olhar os detalhes de cada CD:
agosto 25, 2011 No Comments
2ª temporada do Compacto Petrobras
Hoje vou ao Rio para conhecer as novidades e começar a participar do ano 2 do projeto cultural mais bacana de 2011: o Compacto Petrobras. Muita coisa legal virá pela frente com a chancela do projeto, que neste ano contará com a participação do público na escolha dos artistas que estarão nos encontros. As apresentações se estenderão além dos estúdios indo também para importantes eventos da cena nacional.
A segunda temporada do Compacto Petrobras estreia na sexta-feira (26) durante o festival Back2Black, que acontece até o dia 28 na Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro. Durante o evento serão feitas gravações ao vivo no Palco Compacto Petrobras, que promoverá encontros de novos nomes da música brasileira, entre eles, Nicolas Krassik, Cordestinos, Qinho, Domenico e BNegão.
Os melhores momentos serão disponibilizados no site:
http://www.blogspetrobras.com.br/compacto/
No ano passado, o Compacto Petrobras realizou 13 interessantíssimos encontros musicais que renderam um material de altíssima qualidade em vídeo e MP3 (a grande maioria das canções tocadas nos encontros estão disponíveis para download no site do projeto). Abaixo, alguns dos meus momentos favoritos. Visite, assista e baixe as músicas. Vale a pena.
Siba e Catatau interpretam “Deus é Uma Viagem”
Karina Buhr e Teresa Cristina cantam “Plástico Bolha”
Érika Machado canta “Simplicidade” com o Pato Fu
Superguidis e Frank Jorge tocam “Não Fosse o Bom Humor”
Do Amor e Pinduca tocam “Isso é Carimbó”
agosto 25, 2011 No Comments
Três livros bacanas (dois em promoção)
Espero que quando você, caro leitor, estiver lendo esse post, os livros acima ainda não estejam esgotados:
1) “Uma Viagem Pessoal Pelo Cinema Americano”, de Martin Scorsese e Michael Henry Wilson em edição lindaça da Cosac Naify por R$ 9,90 na Livraria Saraiva (aqui)
2) “Como a Geração Sexo-drogas-e-rock’n’roll Salvou Hollywood”, de Peter Biskind, da Editora Intrinseca com tradução fodaça da Ana Maria Bahiana por R$ 9,90 na Fnac (aqui)
Com o frete, cada um dos livros sai mais ou menos por R$ 14. Vale o investimento. “Compre três: dê um para o seu amor e outro para o seu melhor amigo” (aspas adaptadas de André Forastieri escrevendo sobre “Nevermind”, do Nirvana, na revista Bizz em 1991).
No Scream & Yell existem duas resenhas bem bacanas do livro do Peter Biskind (leia aqui), a primeira do Gabriel Innocentini e a segunda do Ismael Machado, repórter especial do Diário do Pará que está lançando “Sujando os Sapatos – O Caminho Diário da Reportagem”. Interessado? Contate o Ismael aqui: ismael.machado@hotmail.com
agosto 24, 2011 No Comments
Primeiro Beer Experience, em São Paulo
Texto por Marcelo Costa (http://twitter.com/screamyell)
Fotos por Liliane Callegari (http://lilianecallegari.com.br)
Com aproximadamente 25 estandes montados em uma grande área do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, mais de 130 cervejas na carta, um total de 20 pratos combinados com a estrela do dia e, ainda, shows e áreas para alimentação e diversão (incluindo mesas de bilhar e pebolim), a 1ª Edição do Beer Experience, em São Paulo, confirmou o status de vedete do momento das cervejas especiais no Brasil.
Estrela de um mercado antes restrito aos admiradores, as cervejas especiais vem conquistando um espaço cada vez maior no paladar cervejeiro brasileiro ampliando seu alcance com cervejarias artesanais localizadas em dezenas de estados brasileiros e a importação de rótulos transformando-se em negócio lucrativo – embora o preço final para o consumidor ainda esteja em um patamar elevado.
No Beer Experience, no entanto, havia cerveja – literalmente – para todos os gostos e bolsos. De R$ 5 (da Colorado Cauim, a Klein Tchec e Pilsen, Estrella e Weiss Damn, a Backer Pilsen) até R$ 200 (uma Falke Monasterium de 750 ml) e R$ 400 (uma Brewdog Sink the Bismarck com 41% de álcool) além de exemplares especiais apenas para sorteio como o da Brooklyn Black Ops (de produção de apenas mil garrafas/ano).
O preço da entrada intimidou vários consumidores (R$ 60 na hora ou R$ 40 com 1kg de alimento não perecível), que ainda teriam que pagar à parte para comer e beber no evento. Mesmo assim, um ótimo público (que aumentou consideravelmente na parte da tarde) marcou presença. Entre os destaques, velhas conhecidas do público, vários lançamentos e pequenas aulas de cultura cervejeira.
Ok. Então você está ali em um paraíso de cervejas buscando experimentar algumas das melhores cervejas do mundo (sim, as cervejas de abadia belgas também marcaram presença), por onde começar? Decidi ir atrás de cervejas que não conhecia abrindo os trabalhos com a exótica Bacuri, cerveja docinha e leve (apenas 3,8% de álcool) de Belém do Pará feita com o fruto amazônico de mesmo nome. Aprovada.
Antes de encarar o segundo rótulo, uma parada no estande do Empório Alto dos Pinheiros para forrar o estômago. A pedida: um Guiness Pie simplesmente delicioso (que a fotógrafa achou muito melhor do que o provado em Londres). Após arriscar um rótulo novo, hora de jogar em território conhecido com a mineiríssima Wals Quadruppel, a melhor cerveja nacional (ao menos para este que bebe).
A terceira do dia foi uma inenarrável Sauber Beer de… abóbora. Produzida em Mogi Mirim, interior de São Paulo, a Sauber Pumpkin Ale (4,7%) impressionou com um paladar que alternou com categoria malte, lúpulo e doce de abóbora. O cara do estande garantiu que a Sauber Honey Beer era ainda melhor (eles ainda tem uma de gengibre além dos rótulos tradicionais), mas achei prudente deixar para a próxima.
A coisa começa a ficar meio turva, mas o bonde não para. O quarto título da noite, uma francesa Bourganel Myrtilles (5%) de cor azul (leva suco de Mirtilo na receita) decepcionou. Apesar de o teor alcoólico ser o de uma pilsen tradicional nacional, o paladar – bastante aguado – lembrava suco. Não bastasse ter experimentado ela, ainda levei outros quatro rótulos da Bourganel pra casa (todos frutados). Ahhh, bêbados…
A quinta cerveja da noite foi dividida em partes iguais com os companheiros Leonardo Dias e Bruno Dias, do Urbanaque: uma linda Local 1, Belgian Strong Golden Ale altamente personal da sensacional Brooklyn Brewery. Do mesmo modo dividimos outra excelente Belgian Strong Golden Ale, uma italiana Baladin Elixir (10%). Para terminar, uma Strong Scotch Ale escocesa Traquair House Ale (7,2%).
Além das cinco Bourganel, consegui levar para casa as quatro cervejas dos Mestres das Poções (cada uma delas produzida em uma fase da lua), dois rótulos da paraense Amazon Beer e três da Antares, a maior menor cervejaria argentina. E nem falei da ótima Backer 3 Lobos Bravo – uma American Imperial Porter mineira envelhecida em barril de umburana (que o Leonardo dividiu conosco) – e da coxa de pernil que salvou o fim da noite.
O saldo foi extremamente positivo e demonstra que o mercado de cervejas artesanais e especiais no Brasil está em amplo crescimento. A organização do evento já planeja uma 2ª Edição do Beer Experience em São Paulo para 2012, mas provoca no twitter @beer_experience: “Nesse meio tempo para onde vamos? Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Porto Alegre?” Fique atento ao próximo brinde.
Informações
As argentinas Antares são distribuídas no Brasil pelo Clube do Malte, de Curitiba, que ainda comercializa molho e geleia feitos à base de cerveja (41) 8818-4038
A Bacuri, da Amazon Beer – (11) 3092-2337 – de Belém do Pará, e as Baladin italianas chegam ao resto do país com distribuição da Tarantino. (11) 3092-2337
A Bourganel, a Traquair e a St. Peters (que não provei, mas queria muito) foram destaques da cervejaria Melograno, de São Paulo. O cardápio deles é extenso e vale muito a visita, (11) 3031-2921
A Wals já pode ser encontrada facilmente em vários locais do país, mas quem ainda tiver dificuldade, vale entrar em contato com os mineiros: (31) 3443-2811
Tanto as cervejas esotéricas dos Mestres das Poções quanto a Sauber de abóbora (de mel e de gengibre) foram compradas no estande da Cervejoteca, de São Paulo (11) 5084-6047
A Brooklyn é importada pelo pessoal do Beer Maniacs (41) 3022-0740.
A Backer é uma estilosa micro-cervejaria mineira que começa a ganhar cada vez mais espaço no país (11) 2268-4203 ou 2268-3154
Vale ainda conhecer o trabalho do pessoal da Bierboxx (que entrega cervejas especiais em casa) e também da confraria Have a Nice Beer, esta última um clube que mediante uma taxa mensal envia cervejas especiais aos associados todo o mês.
Leia também:
– Top 100 Cervejas, por Marcelo Costa (aqui)
– Cinco pubs de cervejarias nos EUA, por Marcelo Costa (aqui)
– Sábado em Nova York: Brooklyn Brewery e Sebadoh (aqui)
– Um ogro bebendo o champagne mais caro do mundo (aqui)
– As cervejas da Wals (aqui), da Backer (aqui) e da Brooklyn (aqui)
agosto 23, 2011 1 Comment
Um monte de entrevistas nerds
Hoje o Marco Pessoa, do Setup Brasil (@usaisso), um site bacana que busca descobrir o que as pessoas usam para produzir seus conteúdos, publicou o meu depoimento com base em quatro perguntas simples:
1) Quem é você, e o que você faz?
2) Que hardware você usa?
3) E que software?
4) Qual o seu setup dos sonhos?
As respostas estão aqui: http://usaisso.com/entrevista/marcelo-costa/
Ps. Foto de Martín Wain, do La Nacion / Cork, 2011
agosto 22, 2011 No Comments
Cinco fotos: Tiradentes
Clique na imagem se quiser vê-la maior
Veja mais imagens de cidades no link “cinco fotos” (aqui)
Leia também: Tops dos 14 dias em Minas Gerais, por Mac (aqui)
agosto 21, 2011 No Comments
Academia do VMB
A MTV decidiu inovar para a edição 2011 do Vídeo Music Brasil. A premiação já tem data marcada para acontecer, no dia 20 de outubro, aniversário de 21 anos da emissora, e todos os artistas indicados serão divulgados até o fim de agosto.
Porém, o formato para seleção de indicados e de vencedores mudou. Agora, a audiência irá definir o ganhador de três categorias e uma Academia de especialistas em várias áreas – música, publicidade, cinema, jornalismo, etc. – irá decidir quem leva o troféu para casa em outras 11 categorias.
Além das mudanças no sistema de votação dos indicados, o VMB 2011 também muda de local. A premiação irá acontecer nos estúdios Quanta, na zona oeste de São Paulo, com uma infra maior –, três palcos serão montados para receber os shows e entregas de prêmios.
Bora fazer valer a pena o convite acima.
Saiba mais sobre o VMB no site oficial: http://vmb.mtv.uol.com.br/
agosto 19, 2011 No Comments