Barcelona, um barril de pólvora
O clima continua tenso na capital da Catalunha. Centenas de pessoas continuam acampadas na praça principal da cidade, e na sexta a polícia tentou retirar os manifestantes com bala de borracha e bombas de efeito moral em uma ação que contou até com helicópteros. Em vão. A praça ficou sem as faixas de protesto por poucas horas, pois os manifestantes voltaram com força total no fim da tarde e ocuparam novamente a região.
A tensão aumentou no sábado. Após o Barcelona despachar o Manchester United e garantir o título da Champions League, a torcida catalã baixou nas Ramblas e na praça para comemorar, e encontrou todas as entradas da praça fechadas com manifestantes segurando cartazes que diziam, entre outras coisas, “Resistência Pacifica”, “Paz” e “No violência”. A polícia cercou o local fechando o acesso a Rambla e a outras três avenidas.
De um lado, os manifestantes. Do outro, a polícia. Entre eles, a torcida (e dezenas de indianos vendendo cerveja). E repórteres e fotógrafos (com capacete) do mundo todo registrando imagens e histórias da revolução silenciosa. No sábado de madrugada, na Praça da Catalunha, a linha fina que separa a paz do caos estava absurdamente visível. Qualquer gesto equivocado poderia causar uma reação exagerada e, talvez, trágica. Barcelona parece um barril de pólvora prestes a explodir.
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