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Veneza, Veneza, Veneza, Veneza e Ryanair

Pq será que não existem baladas em Veneza?

Tanta coisa para contar que preciso organizar os pensamentos. Este fim de semana foi caótico, a começar pela falência da My Air, que causou um efeito dominó em nossas parcas economias, e nao fosse o cartao de crédito sei lá o que teriamos feito. Como escrevi para amigos, vou ter que pagar essa viagem até 2014… mas que vou escrever pra Enac italiana pedindo reembolso da My Air, ah vou!

Sábado

Após o susto de ter o vôo cancelado e mais nenhuma informaçao, decidimos ir para a internet caçar um vôo barato, e conseguimos pela Ryanair, que eu evitei a todo custo durante todo o planejamento de viagem, mas acabei precisando na última hora (e, claro, eles pisaram na bola, mas isso fica para o domingo). Relaxados, comprei um bilhete 24 horas de batobus e fomos desbravar Veneza.

Tudo que eu tente falar é pouco para explicar o quanto essa ilhota (ou, porçao de ilhotas) é linda. Veneza encanta o olhar como poucas vezes achei que uma cidade pudesse encantar. Caminhar por suas ruelas é uma surpresa, mas vê-la de dentro da água é espetacular. Talvez, por isso, os passeios de gondola sejam tao caros, afinal você passa a centimetros da parede das casas observando a grandiosidade desta pequena jóia chamada Veneza.

Uma gondola na paisagem de tirar fôlego de Veneza

Com o passe de batobus decidimos ir para Murano e Burano, duas ilhas afastadas de Veneza. A primeira é cheia de fábricas de vidros e a segunda uma vilinha de pescador cuja principal caracteristica sao as cores fortes das casas, para que os pescadores as enxerguem do mar e saibam como voltar. Fomos para Murano, e ela só vale se você quer artigos de vidro, caso contrário fique em Veneza. Acabamos nao indo para Burano por falta de tempo.

À noite demos uma passadinha na festa da paróquia do bairro (ou da ilha em que ficamos, como queira), compramos vinho tinto, alguns badulaques e fomos fazer um piquinique do lado do grande canal. A noite caiu linda e ficamos relembrando momentos bacanas desta viagem culminando com a sensacao de que poucos lugares no mundo podem bater Veneza, mesmo a ilha nao sendo um lugar de baladas (a camisa Venice by Night diz alguma coisa?)

Lili foi dormir, eu voltei pra festa, comprei uns papéis para concorrer a brindes (estava de olho no Home Theather exposto, e se ganhasse uma das duas bikes venderia por qualquer 20 euros) e acabei saindo com uma caneta, duas esponjas de louça, uma capa de chuva, um pacote de lencinho de papel, uma régua rosa e uma máscara de carnaval bem tosca. Mesmo assim, valeu a farra. Voltei completamente bêbado para casa.

Na beira do rio em Veneza

Domingo

Se estivéssemos no vôo da My Air teríamos que chegar no aeroporto às 6 da manha, mas a troca acabou nos colocando em um vôo em Treviso às 18h, entao decidimos aproveitar mais um pouco de Veneza, e fomos conferir o acervo do Museo Peggy Guggenheim, que nos surpreendeu bastante. Aliás, se fomos ricos com a Peggy também iriámos apoiar as arte e comprar uma mansao à beira do grande canal de Veneza. Fácil. hehe

Os destaques sao muitos. Lili teve oportunidade de ver mais três obras de Giacometti (“Standing Woman” ficou entre suas preferidas do escultor – veja) e eu chapei com “Landscape with Red” de Kandinski (aqui), “Portrait of the Painter Frank Haviland”, um belíssimo Modigliani (aqui), “Rain”, de Chagall (aqui), uma tela sem título de Dali (aqui), “Sad Young Man On a Train”, arrepiante de Duchamp (aqui) e muitos outros.

Tempo findo, bye bye Veneza, e lá fomos nós para o aeroporto de Treviso pega nosso vôo para Barcelona. Chegamos quase três horas antes. Assim que começou o check-in, a mulher da Ryanair já encanou. “A mala ultrapassou o peso. Ou vocês tiram algo, ou pagam o excesso”. Eu já estava rindo com a carteira na mao quando, em alguns segundos, ela esqueceu o excesso de peso e veio com outra taxa, mais cara, para pagarmos. :/

O olhar em Veneza

“Vocês nao fizeram o check-in online, por isso precisam pagar 40 euros por pessoa. Assim que vocês pagarem, lhes entrego o ticket de embarque”. O sangue subiu, xinguei até a décima geraçao da mulher, da Ryanair, do Papa, mas nao teve jeito: perdemos RS 240 assim, de mao beijada. Nesta nossa última semana, em que as contas correntes já estao no vermelho, e os cartoes de crédito estao no limite, foi um tremendo balde de água fria.  

Fiz todo o planejamento de viagem antecipado para evitar transtornos como esse, mas como tivemos que comprar de última hora, agitados pelo incidente My Air, esquecemos do check-in online, o que nao justifica uma taxa tao alta, mas é a Ryanair. Eles fazem os vôos mais baratos da Europa, mas é bobear que eles tiram o dinheiro de você de outra forma. Bobeamos, e nao adianta chorar sobre o euro perdido. Acabou o drama? Nao.

Chegamos em Girona, na Costa Brava, quase às 20h, e de lá tivemos que pegar um ônibus para Barcelona. Batemos na porta do Hostel às 22h04, e quem diz que havia alguém para nos atender. Entramos uns 20 minutos depois com outro hospede, mas nao havia ninguém do hostel no local. Nao pensei duas vezes: procurei um hotel na regiao, e mudamos. Detalhe: o hotel (um três estrelas bacana) foi praticamente o mesmo preço do hostel.

De pés ao vento no Grande Canal de Veneza

Esta é a nossa última semana de viagem, a grana se foi, mas estamos nos virando. Amanha falo sobre a Casa Milà e a La Pedrera, duas obras primas do gênio Gaudi, que visitamos na manha desta segunda-feira. Agora vamos nos perder pelo bairro gótico. Mas voltamos. Xô, zica. 🙂

Ps. Apesar da camiseta “Venice By Night”, que eu comprei, nao vimos nenhum ratinho em Veneza nos quatro dias que ficamos lá, só para registro. hehe

Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

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