Random header image... Refresh for more!

Coisas sobre Londres e Paris

Para Lili,  “Paris é uma menina linda, rica e esnobe. Londres é uma menina ruiva, bonita e muito legal e engraçada”.

Deu pra perceber que ela não foi tanto com a cara de Paris… e dos parisienses. Tipo: ela chegou para perguntar o preço de uma blusa na loja da Adidas, na Champs Elysees, que estava com uma promo maluca de 40% ou algo assim, e o atendente virou e mandou: “O preço está ai”. No fundo, o óbvio: Londres é pop, Paris é clássica.

Em Londres você vê o Blur tocando no Hyde Park. Em Paris você vê Jonathan Safran Foer autografando livros na Shakespeare and Co, a livraria de lingua inglesa mais cool do mundo. É claro que estamos exagerando um pouco, mas entendo a visão de Lili e me surpreendo pois sou pop e amei Paris e Lili é clássica e amou Londres.

Talvez essa tenha sido uma visão assustada de um primeiro dia caminhando na Paris das grandes lojas e marcas, local em que um colar custa 35 mil euros. Porém, hoje, após sair do Museu Rodin, ela já esbocava um ânimo maior (que acredito será ainda maior quando entrarmos no Louvre, na quinta e na sexta). Para Lili, a grandiosidade de Paris afasta. Para mim é um momento de admiração plena.

A segunda-feira foi dedicada a Jonathan Safran Foer, que lia em primeira mão um trecho de seu novo livro, “Eating Animals”, que só será lancado em novembro. Foer foi bastante atencioso, e após a apresentação – que avisava que teriamos leitura, perguntas e vinho – brincou com o bom público que lotou a frente da Shakespeare and Co: “Eu gostaria que o vinho viesse antes”.

Saimos dali e conseguimos ainda pegar um belissimo recital de música clássica na Catedral de Notre Dame, que arrepiou em alguns momentos colocando a prova a acústica sensacional do lugar. Um violino (ou algo que lembrava muito um violino), uma flauta e um coral de seis vozes que se alternava e preenchia com exuberancia e clareza o enorme local e fechou de forma calma a segunda-feira.

Para a terça tinhamos planejado comprar o passe de museu de quatro dias e abrir o dia no Museu Picasso, mas fomos caminhando até lé e… fechado (abre de quarta a segunda). Passamos pela Praça da Bastilha, pelo lindo Jardim des Vosges (ontem já tinhamos passado pela Praça Concorde, local que viu mais de mil cabeças decapitadas rolarem – inclusive a de Maria Antonietta) e acabamos nos Invalides.

A idéia era visitar o Hotel de Invalides, curtir o local e visitar o túmulo de Napoleão, mas como o Paris Museu Pass não cobre a visita (atualização: cobre sim!), deixamos de lado e fomos direto para o Museu Rodin, que fica ao lado, em um belíssimo casarão antigo com um jardim de cair o queixo (ainda mais com “O Pensador” e “O Portal do Inferno” exibidos no local entre outras obras).

Esta terça termina já já, mais propriadamente quando Leonard Cohen sobe ao palco para quase três horas de show no Palais Omnisport de Paris Bercy. Vou ali pegar um lenço e já volto.

Fotos da viagem:
http://www.flickr.com/photos/maccosta/
http://www.flickr.com/photos/lilianecallegari/

julho 7, 2009   No Comments