Random header image... Refresh for more!

Opinião do Consumidor: Mac Queens Nessie

Mac Queens Nessie

Teste de Qualidade: Mac Queens Nessie
– Produto: Cerveja Scoth Ale
– Nacionalidade: Austríaca
– Graduação alcoólica: 5%
– Nota: 3/5

A Áustria também faz cerveja, e boa. A Eggenberger Mac Queens Nessie é um ótimo exemplo. Ela é fabricada por uma das mais antigas cervejarias da Europa, a Eggenberg, no castelo de mesmo nome (datado do século 10). O castelo fica no estado de Salzburg, região dos Alpes Austríacos, às margens do rio Alm – cuja água é usada para a produção das cervejas.

Com 5,0% de teor alcoólico, a Nessie é uma cerveja de alta fermentação fabricada com malte de uísque de Highland, na Escócia, e homenageia em seu nome e rótulo o lendário monstro escocês do Lago Ness. Ela tem cor âmbar puxada para o alaranjado e matura por dois meses antes de seu engarrafamento. Seu paladar é agradavelmente delicioso e defumado com toques de caramelo, malte e muito pouco amargor. O aroma lembra café, mel, frutas cítricas e malte.

Apesar de ser uma cerveja austríaca, a Nessie segue o estilo escocês e sua principal característica é o malte de uísque – valorizado no aroma e no sabor. É uma cerveja bastante leve cuja maturação por dois meses em madeira também marca presença no conjunto final, e o leve amargor não a transforma em uma cerveja muito adocicada, o que é muito bom. Pode ser encontrada em empórios entre R$ 10 e R$ 14 (a garrafa de 330 ml) e vale muito experimentar.

junho 15, 2009   No Comments

Sobre o fim – de semana e de romances

bifedetira.jpg

Uma das coisas que eu pensava ao dormir na noite de quarta era de que iria aproveitar o feriadão para dormir e descansar. Me esconder do frio com Lili debaixo de edredons. Ledo engano. É impressionante como gostamos de nos enganar. Ficar sem fazer nada é algo que me incomoda ferozmente. Adoraria ficar deitado o dia todo vendo filmes, comendo pipoca e me enrolando com a namorada (não necessariamente nessa ordem), mas quem diz que consigo.

Desta forma, assim que acordamos e percebi o sol quente pela janela, já tirei Lili da cama para tomarmos café na Padaria Boulevard (pare no balcão e peça a “Boa” com um capuccino! Seu dia vai ficar muuuuito melhor), e depois seguirmos para o centro da cidade para pesquisarmos preços de aquecedores e netbooks. Acabamos comprando o primeiro, afinal, como você sabe, a sensação térmica do meu apartamento é de 5 graus (Bianca e Fernando, vocês chegaram com o aquecedor ligado, não vale!).

No fim da tarde de quinta, várias mensagens chegaram ao celular. “Vamos beber? “. E eu: “Talvez”. “Vamos para um boteco?”. E eu: “Talvez”. Por fim acabamos indo para o Fuad jantar picanha no saralho e jogar conversa fora. Quase perdi minha cabeça quando Ligilena, do alto de sua tarde entornando vinho e da noite a base de cerveja, não se conformou em eu nunca ter assistido “ET”, e arremessou o DVD pirata de “Se eu Fosse Você 2”, que passou tirando lasca de meu pescoço. Morrer tudo bem, mas com a cabeça decepada por Tony Ramos e Glória Pires não. (hehe). Vou assistir ao filme. Prometo.

A sexta prometia. Era dia dos namorados (com direito a abrirmos a última garrafa de vinho que trouxemos de Santiago dois anos atrás), tinha uma festa mexicana para ir, show do Caetano no Credicard Hall, mas tudo se resumiu a rodar alguns sebos, conhecer a pequena (apenas 45 cm) e linda Olivia (seja bem-vinda, princesa), de dois dias, filha da Dre e do Marco, que me tirou algumas lágrimas dos olhos, e conferir o novo show de Cae mais à noite, sobre o qual escrevi aqui. Nem o vinho abrimos, mas já marcamos outra data para tirar a rolha da garrafa.

O sábado foi o dia mais corrido do feriadão. Fiquei um tempo na Velvet CDs, e depois corri para o Veloso, para encontrar vários amigos e o sensacional bife de tira (bati a foto que abre o post com a máquina da Capitu). Ficamos de 12h30 até às 19h no lugar, e bebi seis caipirinhas de cachaça (Lili diz que foram sete, onde já se viu: eu bebo, e ela que perde a conta). Deu tempo de voltar pra casa e dormir duas horas antes do esquenta para o show de Jens Lekman, no Studio SP. Eu acordei às 22h03, coloquei os pés no chão, e um amigo ligou: “Vai rolar? Tô chegando”. Levantei, caminhei até a sala e o interfone toca com outro amigo na porta.

Um tempo depois, já com o Fernando, a Bianca e os Tiagos na sala vendo DVDs do programa de Jools Holland, liga a Ligelina. “Mac, chamei um pessoal para ir ai? Tudo bem?”. Resposta afirmativa. “Mas é uma turma grande”. Outra resposta afirmativa e acho que desde o dia que abrimos a casa não havia tanta gente bacana reunida no mesmo lugar. Era uma vez três Patricia, algumas Leffe, outras Baker de trigo e felizmente alguns gostaram da cachaça forte Milagre de Minas, que eu e Lili trouxemos de Ouro Preto. Foi bem divertido.

Jens Lekman por Liliane Callegari

Já o show do Jens foi… interessante (a foto é da Lili; mais aqui). No palco, só ele (na voz belíssima e na guitarra ocasional) acompanhado do amigo Victor, que soltava via laptop a base das canções. Sim, é isso que você pensou mesmo: quase um playback. Os arranjos são lindos, alguns de chorar, mas a apresentação é quase como uma noite em uma churrascaria. Jens pode ser definido canhestramente como o Wando da Suécia. Wando, aliás, que na Virada Cultural tocou a clássica “Fogo e Paixão” acompanhado de bateria eletrônica e uma guitarra. Como Jens. “Black Cab”, “The Opposite Of Hallelujah”, “You Are The Light” e a hilária versão de “A Postcard To Nina” (com Ana Garcia, do Coquetel Molotov, traduzindo no segundo microfone) foram os grandes momentos da noite.

Domingo eu deveria ir a Taubaté visitar as três mulheres da minha vida que residem lá (a mãe Vilma, a irmã Cristiane e a sobrinha Gabriela), e tentar dar um olá para a quarta (a afilhada Amanda), mas não rolou. Minha irmã estava de mudança, e ninguém precisa de visitas em dia de mudança. Acabamos ficando em casa e fomos à tarde, na companhia de Tiago Agostini e Marina Person, conferir a sensação indie “Apenas o Fim” (assista ao trailer), longa-metragem de estréia do estudante universitário Matheus Souza, da PUC-RJ, um interessantíssimo retrato de geração cujo pano de fundo é o fim de uma história de amor (conhecido por todos aqueles, de 8 a 80, que já viveram algum romance na vida).

O roteiro assim como as boas atuações de Érika Mader e Gregório Duvivier credenciam – e muito – o filme. Lembrou-me claramente a primeira vez que li “O Clube dos Corações Solitários”, romance de estréia do amigo André Takeda, no que aquilo mais representava pra mim: alguém como eu escrevendo no terreno que já foi habitado por deuses do quilate de Rimbaud, Shakespeare e Huxley. É o velho sintoma de “não estou sozinho no mundo”, sabe. Afinal, por mais que Lygia Fagundes Telles e Vinicius tenham me traduzido dezenas de vezes em momentos especiais de minha vida, eles estão no cerne da dor, lá no fundo do âmago, enquanto Takeda e Matheus Souza mostram a timidez no olhar. Eles exteriorizam algo que só quem está vivendo a mesma época que eles consegue perceber – e rir e se envergonhar.

Já faz tempo que deixei de viver a mesma época de Matheus Souza, por isso mesmo que as referencias a coisas como Tartarugas Ninjas e Nintendo não me comovem, mas já estive tantas vezes face a face com o fim do amor que é impossível não sentir um arrepio na espinha quando observo uma história chegando ao fim. É extremamente natural que, conforme envelhecemos e passemos pela faculdade, deixemos de ser inocentes para nos transformarmos em cínicos, mas a dor do fim do amor, meu (minha) caro (a) amigo(a) continua doendo aos 12, aos 21 , aos 34 e, acredito eu, aos 50 e tantos (Caetano, sofrendo e compondo como um menino é um bom exemplo disso).

Tirando a história de amor e dor, “Apenas o Fim” ainda me assustou ao imaginar a força com que os Los Hermanos bateram na geração estudantil desta década. Eu que acredito que o “Bloco do Eu Sozinho” seja o disco dos anos 00 fico triste pela postura da banda, grandiosa demais, posada demais, em que os personagens se agigantaram ignorando a história (que eles mesmos admiravam). Como Marcelo Camelo pode se sentir grande perante a obra de Chico Buarque? Desculpe-me, mas a humildade (com H maiúsculo e dourado? – risos) deveria ser exemplo. Para mim, o sucesso do Los Hermanos foi mais maléfico do que benéfico, mas não se preocupe, é meu lado cínico reclamando do estado das coisas. Veja o filme. Leia o livro do Takeda. Jogue fora seus discos do Los Hermanos. Sonhe. E me desculpe pelo post confuso. Devo estar bêbado… ainda (risos).

Apenas o Fim - O Filme

junho 15, 2009   No Comments

Blur, 150 pessoas e 28 músicas

O Blur fez seu primeiro show em dez anos no sábado diante de uma platéia de 150 pessoas composta por familiares, amigos e fãs na cidadezinha de Colchester, a 90 quilômetros de Londres. Daqui 18 dias estarei frente a eles no Hyde Park, e se o repertório for algo perto disso que eles tocaram no sábado estarei imensamente feliz:

“She’s So High”
“Girls and Boys”
“Tracy Jacks”
“There’s No Other Way”
“Jubilee”
“Badhead”
“Beetlebum”
“Trimm Trabb”
“Coffee & TV”
“Tender”
“Country House”
“Charmless Man”
“Colin Zeal”
“Oily Water”
“Chemical World”
“Sunday Sunday”
“Parklife”
“End of a Century”
“To the End”
“This Is A Low”
“Popscene”
“Advert”
“Song 2?
“Out of Time”
“Battery In Your Leg”
“Essex Dogs”
“For Tomorrow”
“The Universal”

junho 15, 2009   No Comments