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Ressaca (atualizada)

Se você estiver caminhando por ai e topar com uma holandesa Amsterdã 500 ml na graduação alcoólica de 8,4%, tome cuidado. Tome muuuuuito cuidado.

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Bem, sábado, e estou todo detonado ainda. Lili não se conformava com a ressaca, e segundo meus relatos saiu-se com essa: “Você comeu algo estragado”. Refiz meu roteiro de quinta, e não é que ela estava certa. Como podemos viver em segurança se não podemos confiar no molho vinagrete de um dos nossos botecos favoritos?

Na quinta, prevendo a bebedeira, passei em um dos meus botecos prediletos para comer um dos meus sanduíches prediletos: Pão com mortadela com molho vinagrete. Na primeira mordida senti um gosto diferente do normal, mas fiquei entretido pelo ambiente.

Dez segundos depois chegou um um cara com enormes fones de ouvido, e sem tira-los fez um sinal com o indicador para o garçom, que logo lhe trouxe uma latinha de Skol. Nesse meio tempo ele me olhou, tirou os fones, colocou nos meus ouvidos e disse: “Esse cara não é foda?”. Nos aproximadamente cinco segundos que ouvi deu para reconhecer a voz de Robertão cantando o soul “Não Vou Ficar”. Ele tirou exclamando: “O tempo passa, mas ninguém consegue fazer isso”.

Foram só essas duas frases em dez segundos, ele colocou novamente o fone, fez um sinal de positivo com a cabeça e saiu levando a latinha de cerveja nas mãos. Pensei: vou escrever um Cenas de São Paulo disso e comecei a perceber mais coisas que aconteciam no bar enquanto devorava meu pão com mortadela com vinagrete estragado. Terminei, fui para o show, enchi a cara, acordei mal para trabalhar no dia seguinte e no meio do dia voltei para casa detonado.

Daquelas situações em que a azeitona da empada realmente faz mal.

Ps. Ou seja, a Amsterdã está liberada para consumo. Mesmo assim, não gostei tanto dela.

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