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“A rua é estreita, mas a banda é larga”

Não tinha como começar este post de outra forma. O lance é que me apaixonei por Tiradentes, e olha que não sei se volto pra terrinha depois daqui (brincadeira, argentino, brincadeira). Muita coisa pra contar, mas pouco tempo de internet no cyber cafe que leva o slogan que dá título a este post. E, assumo, estou meio bêbado de cachaça, cerveja e pão de queijo. Então me aguarde que eu volto. Se eu encontrar o caminho para a Pousada da Bia. Torce por mim…

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Nada como uma boa noite de sono, né mesmo. Cheguei no quarto ontem e ainda deu tempo de assistir duas partes de “A Favorita” e um capítulo inteiro de “Maysa”, que aliás está extremamente brega, hein (mas curti a guria). Acordamos bem, tomamos um ótimo café da manhã e começamos os planos para hoje que incluí um passada em Coronel Xavier Chaves para visitar um alambique.

No entanto, deixa eu colocar as coisas em ordem nesta viagem. Na terça à noite, ainda em Ouro Preto, fui pagar as diárias com o Washington e acabei engatando um papo longo de albergue com um alemão, um casal argentino, um conterrâneo de Taubaté e seu amigo de São José dos Campos, mais o Washington, dono da casa. Rolou de tudo. Falamos de Cuba, Che, o povo brasileiro, a ocupação espanhola e portuguesa e tudo o mais.

A argentina, arquiteta, queria saber a importância de Ouro Preto no contexto histórico e como a capital brasileira pulou de lugar para lugar e foi acabar em Brasília. A conversa durou horas entremeada por ótimas trocas de informações sobre a gênese de cada país. Papo tão bom que quando voltei ao quarto já era mais de 1 da manhã, e nosso ônibus para São João Del Rey estava marcado para às 6h20. Noite curta.

A viagem foi extremamente sossegada, mas demorada. Após quase quatro horas – e paradas em cidades como Barroso, Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Carandaí – chegamos ao nosso destino. Assim, não fomos com a cara de São João Del Rey. É a maldita expectativa. Você chega esperando uma cidade antiga e dá de cara com uma típica cidade interiorana (como minha amada Taubaté, por exemplo).

É que o centro histórico de São João fica bastante distante da estrada e da rodoviária. Lili não pensou duas vezes e propós: “Vamos para Tiradentes?”. Dito e feito. Compramos passagens via Estrada Real e pouco menos de uma hora depois adentrávamos a fofa Tiradentes, não á toa, a cidade da região do ciclo do ouro mineiro cujo centro histórico está em melhor estado de conservação.

Não tinhámos feito reserva em nenhuma pousada. Batemos em uma, R$ 170 a diária promocional para o casal. Em outra estava R$ 250. Acabamos indo para a Pousada da Bia, que a Camilinha já havia nos indicado (entre muitas outras coisas legais que ela indicou sobre a cidade), e pegamos o último quarto de casal do lugar pelo ótimo preço de R$ 120. Desfizemos a mala e fomos caminhar pelas ruas.

Ao contrário de outras cidades em que você corre para tentar conhecer todos os lugares, Tiradentes convida a contemplação. Demos uma boa caminhada pelo pequeno centro histórico, Lili se apaixonou por umas roupinhas de uma loja fofa, e acabamos no Conto de Réis (outra dica da Camila), um barzinho na esquina da praça, comendo pão de queijo, bebendo cerveja e experimentando cachaça (Lua Nova e Meia Lua, caro Alexandre).

Um casal de Piracicaba sentou ao nosso lado e o Zé Carlos puxou papo. Quando vimos a noite já tinha caído e lá estávamos nós conversando e ouvindo histórias em uma cidadezinha deliciosa. Hoje de manhã visitamos a Igreja Matriz de Santo Antônio, que assim como a cidade surpreende pela preservação e o douramento das obras. A idéia agora é almoçar em um dos cinco badalados restaurantes eleitos pelo Guia Quatro Rodas e passar na Raro Brasil para comprar o “legitimo rocambole de Lagoa Dourada”.

Ou seja, dia comprido pela frente. A idéia é acordamos amanhã, caminharmos pela cidade para se despedir e irmos de trem para São João Del Rey, dar uma passada no centro histórico de lá, e voltarmos para Belo Horizonte. No sábado vamos para Brumadinho, visitar o tão falado Museu do Inhotim e, depois, encher o saco dos amigos para irmos cachaçar em algum lugar. Domingo é o último dia da tour e deverá ter Mercado Central e feirinha. Vamos ver, vamos ver.

Fotos: Marcelo Costa (http://www.flickr.com/photos/maccosta)

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