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Curumin e Nina Becker

 

 Curumin na Galeria Olido

A Galeria Olido é um dos vários espaços bacanas do centro de São Paulo. Quando soube do show do Curumin, achei que ele seria num dos anfiteatros do local (em que vi um dos melhores shows do CSS alguns anos atrás), mas a produção “adotou” o espaço de aulas de dança de salão, com a Avenida São João ao fundo, numa imagem bonita e com um q de poesia.

Curumin encerrava sua temporada no local, e aproveitou para abrir o microfone para MCs, que improvisaram e mandaram o verbo para um bom público que se espalhava no local. Divulgando seu mais recente álbum, o excelente “Japan Pop Show”, o “Curumin Trio” (o próprio na bateria, mais um baixista e um programador) apresentou algumas canções do disco e nos intervalos abria espaço para a intervenção de DJs.

Os intervalos entre uma canção e outra quebraram o ritmo do show, que parecia mais um ensaio aberto com amigos – amplificado pelo clima descontraído do local – do que uma dita apresentação. As versões ao vivo das ótimas “Mal Estar Card”, “Compacto” e “Magrela Fever” credenciam um show completo de Curumin, que se apresenta no Planeta Terra 2008. Fique de olho.

Nina Becker no Studio SP

A responsabilidade não era pouca. Acompanhada pelo grupo DoAmor, a cantora Nina Becker iria cantar as canções do álbum “Build Up”, de Rita Lee – seguindo o tracking list original do álbum. Lançado em 1970, com orquestrações do maestro Rogério Duprat e produção do então marido Arnaldo Baptista, a estréia solo de Rita Lee – ela ainda fazia parte do’s Mutantes – é um clássico do rock brasileiro.

Com um Studio SP recebendo um púbico excelente para o horário, a noite começou com Nina se desculpando pela falta de voz devido a uma gripe repentina, que chegou a atrapalhar a interpretação de algumas canções que exigiam mais do vocal (como “Hulla-Hulla”, “Calma” e “Viagem Ao Fundo de Mim”), mas a experiência funcionou bastante, com o grupo DoAmor surpreendendo nos arranjos e o público cantando boa parte das canções.

“Sucesso, Aqui Vou Eu (Build Up)”, “Eu Vou Me Salvar” e, principalmente, a dobradinha “Macarrão Com Linguiça E Pimentão” e “And I Love Him” foram os grandes momentos da noite, que pelo sucesso de público merece novas exibições (até que para grupo e cantora sintam-se mais à vontade com o repertório e a apresentação cresça em qualidade e profundidade). Que venham outras noites como essa.

Fotos: S&Y/Marcelo Costa (http://flickr.com/people/maccosta)

Leia mais:
– “Japan Pop Show”, de Curumin, por Marcelo Costa (aqui)

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