Abastecendo a adega
Pra você ver: até os 20 eu gostava muito de uísque. Passou. Comecei a me interessar por vodka. Passou. Tequila eu sempre amei desde sempre, mas não dá para beber tequila em toda esquina, né mesmo. Então veio a cerveja, um longo caso de amor que, aos poucos, foi perdendo terreno para a cachaça e para a caipirinha (principalmente de frutas vermelhas e abacaxi). Antes de passar quase quarenta dias na Europa, meu beber socialmente estava completamente para as cachaças, mas não é que a Europa balançou comigo.
Foram tantas cervejas deliciosas na viagem que resgatei o bom gosto pela cerveja. As britânicas não me impressionaram. As alemãs, fora a Kostritzer, também ficaram para trás numa lista que ficou recheada de cervejas espanholas, mas foi dominada realmente pelas belgas. Neste fim de semana aproveitei para encher a geladeira e desbravar o delicioso mundo das cervejas importadas. Peguei algumas (Hoegarden, Erdinger e Wacfteiner) no Carrefour, e completei a festa no Empório do Shopping Frei Caneca, que estava em promoção.
Assim, além de sair com várias Leffe (Blonde and Brune), Becks e 8.6 Red Strong, ainda trouxe uma garrafa de Germana, uma das melhores cachaças que provei neste ano, e que estava saindo pela bagatela de R$ 22 (uma edição, especial, custava R$ 191). Para completar o pacote, um vinho chileno (um carmenere da Concha Y Toro) e um argentino (um malbec 2006 da San Umberto). A adega, que já tinha uma José Cuervo Especial, e outras marcas menos cotadas, está uma beleza.
Minha idéia pós-viagem era experimentar as dez melhores cervejas da viagem, para escrever sobre o sabor delas com muito mais detalhes, mas após uma longa pesquisa descobri que não vou conseguir fazer isso. É muito fácil achar as marcas belgas (mesmo as trapistas), holandesas, alemãs e britânicas em São Paulo, mas praticamente impossível encontrar uma cerveja espanhola, mesmo a Voll-Damm, que ganhou o prêmio de melhor cerveja strong lager do mundo em 2007 no World Beer Awards.
Devido a esta falha das importadoras de cerveja, o listão Top Ten virá com memórias saudosas da viagem. E viagem tem momentos particulares, tipo o Werchter ser patrocinado pela Stella Artois e o Festival de Benicassim pela Heineken, duas cervejas que dispenso no Brasil, mas que no velho mundo se mostraram deliciosas (o T In The Park é território da Tennents, escocesa fraquinha fraquinha, que em alguns pontos lembra a argentina Quilmes, que inclusive patrocina um festival em Buenos Aires). Vou terminar de beber o segundo da alemã Becks e, pra amanhã, preparo o listão. Aguarde.
Ps. Volto a jogar futebol nesta quarta em um confronto iG: “Editoria de Homes x Editoria de Esportes”. Melhor começar a cuidar do preparo físico se for começar a apostar assim na cevada…
Ps 2. A Budweiser na foto é uma dúvida pessoal: sempre adorei essa cerveja norte-americana, e tanta gente critica que fiquei curioso para voltar a experimentar. Vamos ver. Veredicto em alguns dias.
Ps 3. As fotos são da Lili (tem mais no flickr dela), que também me deu – no meu primeiro aniversário que passamos juntos – um conjunto de taças de cerveja (da Bohemia, que eu adoro). A taça de Guiness foi presente do queridissimo Fábio Shiraga, que a mandou por correio pra mim! Finalmente, esses copos vão “trabalhar”…
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