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“Live at The BBC”, Lloyd Cole

Responsável por ao menos uma obra prima dos anos 80, o álbum “Rattlesnakes” (1984), o músico inglês Llyod Cole tem sua história revista com o lançamento de suas BBC Sessions (tanto solo quanto ao lado dos Commotions, banda com quem dividiu os holofotes entre 1982 e 1989). São três CDs (dois duplos) que registram apresentações entre maio de 1984 e março de 1995 nos programas de Richard Skynner, Janice Long e Nicky Campbell além de apresentações nos míticos Hammersmith Palais (1984/1995) e festival de Glastonbury (1986).

Cole só foi encontrar os parceiros ideais para uma banda quando se mudou para Glasgow, onde foi estudar filosofia. Junto aos Commotions, Lloyd lançou três álbuns –”Rattlesnakes”, “Easy Pieces” (1986) e Mainstream (1988) – cuja característica principal era a união de um texto repleto de citações pop (Norman Mailer, Jules at Jim, Grace Kelly, Truman Capote, entre outros) com uma musicalidade que unia o folk pop com pitadas de rock psicodélico (passado pelo filtro do pós-punk). Sobre a massa sonora, a voz charmosa do compositor.

“Vol. 1? abre com uma pungente versão de “Gloria”, do segundo álbum do Television, no programa Saturday Live (1984). Transbordando lirismo, seguem-se versões inspiradas – e completamente fiéis as originais – de “Perfect Skin”, “Rattlesnakes” e “Forest Fire” (três singles do álbum de estréia). O calor do público no Hammersmith Palais faz com que as versões dali se sobressaiam às captadas nos estúdios da BBC. O quindim de “Vol. 2? é o show em Glastonbury que destaca os hits de sempre (”Perfect Skin” em versão fodaça) mais “Mystery Train”, de Elvis Presley, que fecha a apresentação, no bis.

O terceiro volume é quase que totalmente dedicado a um show completo de 1995, mais quatro registros de 1990 (ambos sem os Commotions). Versões de hits pedem passagem (com arranjos diferentes, pero no mucho: nos três CDs são seis versões de “Rattlesnakes” e cinco de “Perfect Skin”), mas o que chama a atenção são as covers de Lou Reed: “Rock and Roll”, “New Age” e “A Gift”. Importante resgate histórico, estes lançamentos valorizam a obra de Lloyd Cole, um excelente compositor que hoje caminha a margem da música pop. Vale, ainda, ir atrás da edição especial (dupla) de “Rattlesnakes” (relançado em 2004) e “Anti Depressant” (2006), último álbum solo de Cole, pequenos achados de um compositor que precisa ser redescoberto.

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